Imagens do circuito interno de uma panificadora vão auxiliar a Polícia Civil a elucidar a morte do idoso Osvaldo Ribeiro Cardoso, 69 anos, morto com um tiro de pistola no peito na manhã de quarta-feira (19), no bairro Renascença II, Zona Sudeste de Teresina. 

No vídeo é possível ver o exato momento em que policiais do Choque Montado da Polícia Militar chegam ao estabelecimento e a vítima se levanta e vai em direção aos PMs que recuam. O tiro que matou o idoso teria sido disparado por um dos militares que, segundo major Jamson Lima - comandante do Regimento da Cavalaria da PM, agiu em legítima defesa. 

"Nossa guarnição foi acionada pela comunidade que a princípio informou que se tratava de uma tentativa de homicídio. O idoso teria atentado contra a vida de outro cidadão com uma faca. Chegamos ao local e o localizamos dentro de uma padaria, um recinto pequeno e fechado. A guarnição chegou, se posicionou taticamente. De forma alguma, a equipe agiu violentamente e sequer sacaram a arma, até pela condição da vítima. O policial estabeleceu comunicação com o 'abordado' e solicitou que ele se levantasse para saber se ele estava armado. Ele (idoso) já sacou a faca e partiu em fúria", disse o major Jamson Lima - Comandante do Regimento da Cavalaria da PM.

O comandante acredita que o idoso tenha sofrido um surto psicótico ao avançar em direção à equipe com uma faca. Três militares estavam na ocorrência.

"Ele acompanhou o policial até fora do estabelecimento. Na circunstância em que ocorreu o fato, não havia outra forma de controlar o abordado. Foi tudo em questão de segundos. A equipe não esperava a reação do senhor. O primeiro policial agredido tentou efetuar o disparo, mas a arma deu pane e o segundo que estava no apoio que deu o disparo. O idoso estava tentando matar o policial que não sai de casa para matar, mas também não está para morrer. Infelizmente, foi uma fatalidade", defende. 

A Corregedoria da Polícia Militar vai instaurar procedimento administrativo interno para investigar a ação dos militares. 

O major Jamson Lima reforça que não houve despreparo da equipe policial. 

 

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Graciane Sousa
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