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Post de piauiense viraliza e ministro da Educação entra com ação judicial

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Foto: arquivo Mec

O ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, se incomodou com a publicação de um site do Piauí e ajuizou ação judicial contra um professor de Teresina. 

No post publicado em setembro deste ano no site Mídia Popular, o professor João Rosa Paes Landim Neto critica privilégios no MEC, ataca o governo Michel Temer e atribui ao ministro a seguinte frase: “É preciso enxugar regalias dos professores para equilibrar cofres de Estados e Municípios”. O ministro nega a declaração.

A crítica do professor Landim Neto teve mais de um milhão de acesso e viralizou na internet.

O ministro encaminhou pedido de direito de resposta e foi publicado no dia 16 deste mês. Mendonça Filho disse que as informações publicadas são inverídicas e levianas.

Segundo ele, existe “uma verdadeira guerrilha digital montada” para atingir sua honra.

O ministro informou ainda no documento que acionou a Advocacia Geral da União para adoação de medidas judiciais para a reparação de danos morais. 

Landim Neto disse que não retirou a matéria do ar, mas publicou o direito de resposta. 

Para o professor, a atitude do ministro é antidemocrática e cheira a censura.

“É uma tentativa de inibir e ele só se incomodou devido a grande repercussão da postagem. Estou tranquilo e responderei a qualquer chamamento da justiça”,disse Landim Neto.

Veja na íntegra direito de resposta do ministro

"Desde que assumi o Ministério da Educação - MEC, tenho sido vítima de campanha permanente de propagação de notícias inverídicas na internet, espalhadas nas mídias sociais - Facebook, Instagram, Twitter -, tendo como base de conteúdo sites de notícias ligados a políticos, partidos e militantes partidários, cujo único compromisso é gerar falsas informações para atingir a imagem dos adversários. É uma verdadeira guerrilha digital montada para atingir a minha honra, a minha imagem e gerar tumulto junto a diversos seguimentos da sociedade como professores, estudantes, beneficiários de programas desenvolvidos pelo MEC e a sociedade em geral.
 
Enquanto cidadão com 30 anos de vida pública de ficha limpa e como Ministro de Estado da Educação, tenho a obrigação de trabalhar com a verdade, assim como de restabelecer a verdade junto à sociedade. O primeiro passo, acredito, foi desmentir as informações falsas que chegaram ao nosso conhecimento. No entanto, como é de conhecimento de todos, vivemos na era da comunicação em tempo real, em que um post em um site de notícia ou em um perfil de rede social atinge, em minutos, a colocação em trending topics, em uma velocidade capaz de danificar a imagem de qualquer cidadão e destruir, em questão de horas, a reputação de uma personalidade pública.
 
Entre os diversos conteúdos inverídicos veiculados pelo site Mídia Popular, está uma matéria intitulada '"É preciso enxugar regalias dos professores para equilibrar cofres de estados e municípios', diz governo federal". O material atribui a supostos "burocratas do MEC" a afirmação de que: "eles [os professores) têm férias de 45 dias, aposentadoria especial, descanso pedagógico, piso nacional e até lanche grátis. Que outro trabalhador possui tantas regalias? É preciso enxugar tudo isso ou o país continuará quebrado". O texto foi veiculado acompanhado de uma foto minha, truncada, para induzir a erro e associar a mim as falsas afirmações.
 
Apesar de o MEC e eu mesmo já termos esclarecido, oficialmente, na página do Ministério que se tratam de informações inverídicas, a referida matéria espalhou-se nas redes sociais e em outros sites que reproduzem o link do Mídia Popular".
 
MENDONÇA FILHO
Ministro de Estado da Educação

 

 

Flash Yala Sena
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