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SUS utiliza a meditação para tratar pacientes com estresse e depressão

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No Brasil, o conceito foi trazido pelo físico e budista irlandês Stephen Little na década passada, mas ainda é usado timidamente. Na Unifesp vem sendo aplicado desde 2011 em grupos de 30 pacientes ao mês. A maioria sofre de ansiedade, estresse, dor crônica e depressão. "Já é possível verificar melhoras a partir da segunda sessão, mas elas ocorrem mais intensamente a partir da quarta ou quinta sessão", afirma Marcelo Dermazo, coordenador do núcleo Mente Aberta. O curso é composto de oito sessões, uma sessão por semana com duração de duas horas. Nelas são ensinadas técnicas de atenção na respiração, consciência corporal, caminhadas e movimentos do dia a dia, como lavar louça e preparar alimentos, focados no que está se fazendo.

Para a psicóloga Daniela Sopeski, que estudou a técnica da Inglaterra e hoje faz parte do grupo da Unifesp, o "mindfulness" é "um convite para acordar do modo automático de se comportar". "O 'mindfulness' é basicamente um treinamento mental cultivado por meio de uma atenção intencional a cada instante, rompendo preconceitos e julgamentos. É um incremento de bem-estar, de redução de estresse, dos sintomas depressivos. Mas é uma prática complementar que não substitui tratamentos nem deve ser feita por quem estiver em crise", afirma.

Sopeski trouxe o conceito para a rede pública de Porto Alegre (RS) onde viu a técnica ser bem recebida pelos pacientes, embora tivesse que passar por algumas adaptações. "Apesar de vir do budismo, o 'mindfulness' chega à saúde com uma roupagem laica para se tornar mais inclusivo. No SUS há uma diversidade de religiões, por isso algumas pessoas usam outros termos que não seja meditação, mas técnicas de aliviar a tensão, de acalmar a mente ou atenção plena", explica.


Fonte: Uol

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