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Ritmo de contratação terá pequeno crescimento no 1º tri de 2017, diz pesquisa

As vendas do comércio varejista brasileiro registraram a quarta queda seguida. No mês de outubro, em relação a setembro, o recuo foi de 0,8%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (13). Já na comparação anual, o comércio teve baixa de 8,2%. No ano, o setor acumula queda de 6,7% e, nos últimos 12 meses, de 6,8% - o recuo mais intenso deste indicador desde 2001.

De setembro para outubro, o recuo do varejo nacional foi puxado pelos desempenhos das vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%); combustíveis e lubrificantes (-1,7%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%).

Por outro lado, melhoraram os resultados de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,8%), tecidos, vestuário e calçados (0,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,4%).

A expectativa de contratação de profissionais no 1º trimestre de 2017 no Brasil terá um crescimento tímido, segundo pesquisa de emprego do ManpowerGroup. No país, apenas 10% dos empregadores entrevistados têm expectativa de aumentar as contratações durante os primeiros três meses do ano, 68% estimam não alterar suas atuais forças de trabalho e 18% devem ter redução.

De janeiro a março de 2017, a intenção de contratação chegou a -9%, que marca um crescimento de 2 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado (-11%) e se manteve estável em comparação com o resultado do trimestre anterior. Apesar do resultado negativo, o aumento mostra uma pequena perspectiva de melhora para os trabalhadores.

"Mesmo diante do índice negativo de -9%, esse índice representa uma melhoria em relação ao mesmo período do ano de 2016 onde projetamos em -11% a expectativa de contratação de mão de obra", diz Nilson Pereira, CEO do ManpowerGroup no Brasil.

“O impacto da prolongada recessão e crise econômica afeta diretamente as oportunidades profissionais e também são responsáveis pelo crescente desemprego no Brasil. No entanto, o tímido crescimento em relação ao ano passado indica esperança que o pior será deixado para trás e que o clima de contratações em nosso país deve começar a crescer em um futuro próximo”, comenta Pereira. No país, o estudo entrevistou 850 executivos líderes de recursos humanos.

Por setor
Os empregadores de educação pública continuam com os mais fortes planos de contratação com crescimento de 5%. Outros setores positivos são agricultura, pesca & mineração e finanças, seguros e setor imobiliário com 2%.

No entanto, empregadores de cinco segmentos reportaram retração nas previsões de contratação, como o manufatureiro (-4%), atacado e varejo (-8%), transporte (-10%) e setor de serviços (-15%). Com -27%, a previsão para a área de construção é novamente a mais fraca no Brasil, pelo oitavo trimestre consecutivo.

"Alguns estudos projetivos em relação ao cenário econômico para 2017 destacam uma reação do segmento de construção em função da prioridades na área de infraestrutura diante da retomada econômica. A geração de emprego está diretamente relacionada ao aquecimento da economia e é um pilar para o crescimento do país", afirma Pereira.

Comparando com o trimestre anterior, os crescimentos mais notáveis, com 3 e 2 pontos percentuais são reportados em agricultura, pesca & mineração, passando de -1% para 2%) e finanças e seguros & setor imobiliário (de 0 para 2%).

Entretanto, as previsões de contratação enfraqueceram em três áreas, incluindo finanças, seguros e setor imobiliário com declínio de 2% (de 4% para 2%), atacado e varejo, redução de 7 pontos percentuais (de 1% para 8%) e o setor de serviços, com uma queda de 3% para -15%.

Por região
Empregadores de todas as cinco regiões têm expectativa de redução da folha de pagamento para o próximo trimestre. Dentre eles, o estado de São Paulo tem o plano de contratação menos pessimista, apesar de manter o indicador negativo, com -4% para o próximo trimestre.

Nos estados do Paraná e Minas Gerais, os empregadores reportaram queda de -5% e -8%, respectivamente. Enquanto o clima pessimista deve continuar na cidade de São Paulo e no estado do Rio de Janeiro, com indicadores de -10% e -21%, respectivamente.

Em relação ao trimestre anterior, as intenções de contratação cresceram apenas na cidade de São Paulo, que subiu 1 ponto percentual (de -11% para -10%) reportaram crescimento de um ponto percentual, enquanto a pesquisa apresentou, -1, -2 e -4 pontos percentuais mais fracos nos estados de Minas Gerais (de -7% para -8%), Paraná (de -3% para -5%) e Rio de Janeiro (de -17% para -21%).

No mundo
Candidatos a emprego em todo o mundo devem buscar oportunidades durante os primeiros três meses de 2017. As contratações têm expectativa de continuar a crescer na maioria dos mercados de trabalho e grande parte das perspectivas permanece relativamente estáveis ou devem crescer em comparação com os últimos três meses ou mesmo período do ano passado.

Empregadores de 40 dos 43 países e territórios têm intenção de ampliar suas folhas de pagamento em graus variados no início de 2017. A confiança é maior em Taiwan, Índia, Japão, Hungria e Eslovênia. As piores previsões são reportadas no Brasil, Suíça e Itália.

Fonte: G1

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