Referência no combate à violência contra a mulher, a delegada Vilma Alves, fez hoje (6) um alerta para que as mulheres denunciem qualquer abuso ou violência durante o período de Carnaval. A preocupação veio após a denúncia - que é investigada pela Delegacia da Mulher do Centro de um estupro contra uma mulher quando ela brincava carnaval na zona Leste de Teresina.
Vilma ressaltou que a mulher alcoolizada fica vulnerável e precisa redobrar os cuidados.
“Ela pode beber, pode usar o que for, o que não pode é perder sua dignidade. O corpo é dela e ela pode fazer o que bem quiser, mas é preciso todo cuidado durante o Carnaval”, ressaltou Vilma Alves.
A delegada pediu que a mulher vítima de abusos deve procurar as delegacias especializadas e fazer a denúncia. “Se for possível coloco até meu celular pessoal”, disse Vilma informando os telefones das quatros delegacias:
Do Centro – (86) 3222-2323
Sudeste – (86) 3216-1572
Norte – (86) 3225-4597
Sul – (86) 3220-3858
Ela ressaltou ainda que a Delegacia de Gênero funciona 24 horas ao lado da Central de Flagrantes.
“A mulher não pode ficar omissa”, ressaltou a delegada.
Sobre o estupro
Vilma Alves confirmou ao Cidadeverde.com que já recebeu o inquérito com a denúncia de um estupro durante desfile de um bloco de Carnaval na noite deste domingo (6).
Vilma Alves informou que o agressor foi preso em flagrante e chegou a subornar a equipe de policiais para que ele fosse solto.
“No boletim de ocorrência, os policiais relataram que o agressor Evaldo Meneses de Sousa Filho, de 30 anos, tentou subornar a equipe, afirmando que era uma pessoa influente e que tinha trabalhado na Corregedoria da Polícia”, disse Vilma Alves.
No documento, os policiais relataram ainda que a vítima de iniciais E.C.S.L, 28 anos, estava bastante alcoolizada e foi encaminhada ao hospital São Paulo.
Vídeo
No inquérito, os policiais informaram na Delegacia de Gênero que existe um vídeo gravado por uma testemunha que mostra o momento do crime. Vilma Alves fez um apelo para que a pessoa que fez a filmagem apresente o vídeo na Delegacia da Mulher. “Nós preservamos a identificação”, ressaltou Vilma Alves.
“Agora vamos ouvir a vítima, saber seu estado de saúde, e tentar identificar a testemunha para prestar informação sobre o caso”.
Flash Yala Sena
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