O paciente Elias Gomes Pereira de 56 anos, precisou ser atendido do lado de fora do Hospital de Urgência de Teresina após ter sido vítima de um acidente. A situação chamou a atenção de outros pacientes que aguardavam atendimento e enviaram denúncia à TV Cidade Verde. Nas imagens é possível observar a equipe médica socorrendo o homem em meio a uma forte chuva na caçamba de uma pick-up antes que ele adentrasse as instalações do hospital.

Em entrevista ao Jornal do Piauí desta sexta-feira (10), o diretor do hospital Gilberto Albuquerque esclareceu que o procedimento é protocolar e foi feito corretamente pela equipe do hospital. O erro partiu de quem prestou o socorro a vítima, que o retirou do local do acidente sem que  tivesse recebido o atendimento necessário.

"O que nós temos nesse caso é que o próprio condutor do veículo atropelador que seria a caminhonete removeu ele para Teresina sem que tivesse sido feito o primeiro atendimento. Nesses casos o HUT atende, mas faz o primeiro atendimento ainda no veículo que foi transportador do paciente. Se você remove o paciente sem a imobilização cervical, imobilização de coluna e imobilização de fraturas, mesmo na porta do hospital esse paciente pode sofrer sequelas devido a essa remoção indevida. Então a equipe primeiro fez a imobilização do segmento fraturado - verificou a região cervical e quando ele estava segurado para ir para uma maca é que ele foi removido", pontuou o diretor.

O próprio paciente gravou um vídeo onde fala que foi prontamente atendido pela equipe do hospital e esclarece o socorro que recebeu, Gilberto Albuquerque aproveitou para alertar a população sobre o socorro à vítimas de acidente. Um atendimento inadequado pode provocar sequelas ainda mais graves ou até a morte da vítima.

"É de conhecimento de todos que pacientes vítimas de acidente você deve evitar remover. Esse paciente deveria ter sido removido por um atendimento especializado, porquê muitas vezes o paciente sofre algumas lesões. Na hora que você imobiliza ele de forma inadequada ele pode sofrer sequelas irreversíveis como por exemplo lesões de medula, um osso fraturado que pode romper uma artéria, uma veia - e esse paciente pode chegar até a morrer", concluiu.

Rayldo Pereira
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