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'Não podemos fechar a porta', afirma o diretor da maternidade Evangelina Rosa

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Mais de 50% dos atendimentos da Maternidade Dona Evangelina Rosa são de pacientes de fora da Capital. Ontem (16), o problema da superlotação, mais uma vez veio à tona, com leitos cheios, como a sala de recuperação anestésica, e pacientes nos corredores. O diretor da maternidade, José Brito, admite que faltam mais leitos, mas o que mais agrava a situação é a falta de unidades no interior do Estado. 

"O problema é complexo. A maternidade tem capacidade de 223 leitos, sendo que 66 são neonatais e 157 adultos para atendimento a parto e a complicações da gestação. A maternidade está dentro de uma rede, e é vista como a única maternidade para atendimento a médio e alto risco. Entretanto recebemos pacientes de baixo risco. Um hospital do tamanho da Evangelina Rosa é o ideal o que nós precisamos são de outras unidades que também façam o atendimento. A falta de leitos se revela em função de que as pacientes-que poderiam ser atendidas em outros locais-, estão indo para a Evangelina Rosa", esclarece Brito.

Em entrevista ao Notícia da Manhã, ele destacou que a média de transferência de pacientes do Maranhão é em torno de 8% e outros 45% vêm do interior do Piauí.

"Em torno de 53% dos atendimentos não são originários de Teresina. Estamos com a porta aberta. A parturiente chega em condições de ter o seu bebê ou ter atendimento de urgência e nós não podemos fechar a porta para ela. A porta fica aberta. Mesmo com as dificuldades estamos dando conta. No momento, não podemos fazer com que a maternidade atenda apenas pacientes referenciados", disse o diretor, acrescentando ainda que a média de consulta na admissão é em torno de 60 a 70, em 24 horas.

"A maternidade é vista como uma ancouradoro, onde as pessoas sempre procuram ser atendidas e sabem que serão atendidas", reitera. 

José Brito frisa que, em casos de superlotação, há o remanejamento de pacientes. Ele frisa que a Maternidade Dona Evangelina Rosa está passando por um projeto de reestruturação orientado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 

"Instalamos o Núcleo de Segurança do Paciente, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a Comissão de Controle de Gestão e a Comissão do Controle de Infecção Hospitalar, que está atuando e reduziu em 50% a incidência de infeccção nas unidades de UTI Neo e Materno. Estamos trabalhando no sentido de que a paciente tenha um atendimento digno e de alta qualidade", disse o diretor. 

Para 2017, novos leitos deverão ser instalados na maternidade, sendo dez de UTI Neonatal e dois leitos da UTI materna. 


Graciane Sousa
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