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Prefeito condena Uber: 'representa um monopólio mundial'

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O prefeito Firmino Filho (PSDB) condenou a atividade do Uber na capital. Firmino se declarou contra a atividade do Uber em Teresina, por considerar que é um transporte individual absolutamente clandestino, não estabelecido em lei, que representa um monopólio mundialmente praticado.

Ao ser interpelado em praça pública nesse sábado (18) por um popular que não se identificou sobre a opinião em relação ao Uber e se ele poderia ser regulamentado na capital, o prefeito foi enfático ao dizer que é contra a ‘desregulamentação’ e ao desrespeito ao poder público. No momento, Firmino estava sendo filmado pelo homem e afirmou que não tem interesse em dialogar com a categoria, uma vez que não está havendo respeito à Legislação.

“Temos um sistema de transporte em Teresina que é estabelecido em lei. O Uber é um sistema clandestino, absolutamente. Aqui, é um verdadeiro descaso. A Câmara de Vereadores fez uma audiência pública e o representante do Uber sequer apareceu, sequer mandou um telegrama pedindo desculpa. A rigor, existe uma racionalidade para que o sistema de transporte individual seja regulado pelo poder.

[...] O Uber retira uma comissão de quem já está ganhando pouco. É importante que a gente possa entender essa estratégia antiga do Uber, chamada ‘dumping’, em que ele entra no mercado baixando os preços destruindo o mercado tradicional e no segundo momento ele passa a ser o monopólio, no caso do Uber, um monopólio global, que não invade apenas um cidade, invade centenas", ressaltou o chefe do executivo municipal.

Diferente do que considera como monopólio, Firmino afirmou que os táxis regulamentados são um exemplo de respeito à lei, na medida em que promovem concorrência. “Os táxis não são monopólio, são mais de 2.500 táxis na cidade, que são regulados pela Prefeitura, não existe monopólio de táxi, agora o Uber é monopólio".

Questionado se não está levando em conta a legislação de mobilidade urbana que legaliza o Uber em esfera federal, o gestor argumemtou que a própria Prefeitura é que determina o que deve ser operacionalizado regionalmente.

“Quem determina o transporte individual de uma cidade é a própria cidade, não é a legislação federal. Acho que existe um engano, de quem está tentando ludibriar as pessoas através de argumentações falaciosas. Quem regulamenta dois mil táxis mostra claramente que tem concorrência, agora sou contra a desregulamentação, ao desrespeito ao poder público e a clandestinidade. Importante primeiro respeitar a legislação, se houver respeito a gente conversa. Se não houver, como não está tendo, aí não tem conversa”.  

Lyza Freitas
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