O deputado estadual Júlio Arcoverde, presidente do PP no Piauí, declarou que o partido vai reivindicar duas vagas dentro da chapa majoritária do governo em 2018, no caso de o PT também querer duas candidaturas dentro da chapa. Júlio Arcoverde acredita que pelo fato de o PP ser um partido maior, ele mereça mais espaço na coligação.
Além disso, ele afirmou que o PT deve estar mais preparado para ceder em relação a vagas na chapa, já que o governador do Estado é do PT e será o candidato à reeleição.
“Claro, o partido também está reivindicando duas junto com o PT. Até porque somos maiores do que o PT [...] O PT tem o desejo de duas vagas e nós também temos os desejo de ter duas. Aí, desejo é desejo, vontade é coisa que dá e passa”, afirmou o deputado nessa segunda-feira (3) na Assembleia Legislativa.
O parlamentar entende como natural o PT está reivindicando mais espaço. As informações de bastidores são que o PT não abrirá mão de uma candidatura ao Senado, para reeleger a senadora Regina Sousa. Do outro lado, o PP quer a reeleição de Ciro Nogueira ao Senado e é nesse aspecto que começa o impasse entre o governo e sua base.
“É uma situação que é direito do PT reivindicar uma vaga de vice, como também estamos reivindicando a vice , para gente também não perder. Isso é da democracia. Acho que em 2018 a gente vai botar as cartas na mesa e saber o que é melhor para a coligação”, disse.
Além disso, Júlio diz que o PP pode abrir mão de uma vaga, desde que o PT também possa abrir mão de uma das vagas. Para ele, os petistas é que devem ceder mais, pois já possuem o nome de Wellington em uma futura chapa.
“Se o PT também abrir mão de uma vaga para coligar com outro partido que fortaleça a chapa e dê um caminho mais sedimentado para eleição do governador Wellington Dias. Quer dizer, acredito que o PT é que tem que ceder mais do que a gente, porque tem o governador do Estado”, avaliou.
Quanto às notícias de que partidos menores da base também irão buscar espaço para candidatura, Júlio diz apenas que este é uma questão que cabe ao governador resolver. “Isso aí é um problema do governador, não é nosso. Nós estamos acompanhando o governador desde 2014”.
Lyza Freitas
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