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Jovem perde R$ 1.000 após cair em "golpe da pulseira" no Lollapalooza

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O Lollapalooza levou mais de 190 mil pessoas ao autódromo de Interlagos nos dias 25 e 26 de março deste ano com atrações como Metallica e The Strokes.

Com um esquema inédito de ingressos, o festival estreou a Lolla Cashless — uma pulseira que servia como ingresso e ainda poderia ser recarregada para compras dentro do evento — e revelou com isso também uma nova fraude.

A jovem Mariana*, de 23 anos, foi ao Citibank Hall, um dos pontos de venda de ingressos e em vez de ficar na fila, que segundo ela demoraria cerca de uma hora de espera, optou por comprar o ingresso da mão de um cambista. Além do tempo, a hostess economizaria R$ 90 dos R$ 1.090 cobrados na bilheteria.

— Na entrada do estacionamento um rapaz me abordou. Ele se apresentou como Michel dos Santos e começou a conversar. Perguntou qual pulseira eu estava comprando e ele disse que tinha e tirou algumas do bolso

Para ter certeza de que estava investindo R$ 1.000 em algo legal, Mariana se precaveu e fez o cadastro da pulseira no site do Lollapalooza. Ela comenta.

— Eu cadastrei a pulseira — para ter certeza de que é verdadeira — antes de comprar. Entrei no site, cadastrei e deu ok, informou que a pulseira estava ativa

A jovem complementa.

— Eu paguei pra ele e estava tranquila. Saí de lá com a pulseira cadastrada no site. Em momento nenhum eu imaginei que poderia ser uma fraude.

Segura de ter feito um acordo legal, a jovem teve uma grande surpresa na hora de entrar no festival.

— Chegando ao Lolla a pulseira não passou. Lá me encaminharam até a bilheteria para ver o que tinha acontecido com o meu ingresso. A atendente me mostrou que ele comprou várias pulseiras, cancelou todas, recebeu o estorno do dinheiro e repassou as pulseiras.

É evidente que os caminhos legais são sempre mais seguros, mas o esquema de corrupção a que Mariana se submeteu revelou uma fragilidade muito grande no sistema do Lollapalooza. A fraude é simples. O cambista compra os ingressos, pelo site ou pela bilheteria, recebe as pulseiras, pede o estorno do cartão de crédito, pega o dinheiro de volta, mas continua com os ingressos em mãos. E o pior, ainda é possível cadastrá-los no site. Frustrada, a jovem que queria assistir ao show do Strokes, conta como se sentiu.

— Eu achei que não poderia haver uma fraude, afinal você tinha que cadastrar a pulseira no site. Eu fiquei chocada com o sistema. Como uma pulseira cancelada é cadastrada no site? Eles não têm esse controle.

E finaliza.

— Eu achei que a pulseira seria mais difícil de fraudar, mas na verdade é mais simples.

A T4F, empresa responsável pelo evento, em nota reitera que “a empresa não se responsabiliza por ingressos adquiridos fora de seus canais oficiais de venda. No caso do Lollapalooza, as entradas puderam ser adquiridas na Bilheteria do Citibank Hall (e nos dias do Festival na bilheteria do próprio Autódromo de Interlagos), nos pontos de vendas espalhados pelo país e disponíveis em mais de um site.”

 

Fonte: R7.

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