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'Privatização da Cepisa deve acontecer ainda este ano', admite presidente

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O governo federal - acionista majoritário da Eletrobras – autorizou à privatização de seis distribuidoras de energia do grupo, entre elas a Cepisa (Companhia Energética do Piauí).

O presidente Arquelau Siqueira Amorim Júnior, informou que está sendo realizado um levantamento do déficit da Companhia que deverá ser concluído no segundo semestre. Além da Cepisa, serão privatizadas a Ceal (Alagoas), Eletroacre, Ceron (Rondônia), Boa Vista Energia (Roraima) e Amazonas Energia.

Ficou decidido que as seis concessões serão devolvidas caso a transferência de controle não seja realizada até 31 de dezembro de 2017 ou se alguma das subsidiárias deixar de receber os recursos solicitados para as operações e investimentos..

Arquelau Siqueira relembra que, tradicionalmente, a Eletrobras atuava na  geração e transmissão de energia e que quando passou a assumir a parte de distribuição, isso causou impacto interno. 

"A Eletrobras, tradicionalmente, sempre trabalhou com geração e transmissão. Quando passou para Eletrobras essa parte de distribuição, isso não deixou de ser um impacto interno na Companhia. Um dos motivos de se pensar na privatização é para tirar as distribuidoras da Eletrobras, já que ela nunca trabalhou com distribuição. O expertise dela é na área de geração e transmissão. A Eletrobras está trabalhando com as seis distribuidoras para que isso aconteça até o fim do ano", disse Siqueira.

O presidente da Cepisa acredita que o levantamento sobre o défict da Companhia será concluído até o mês de setembro. A Companhia conta com mais de 1 milhão e 200 mil consumidores.

"Temos que quantificar o valor da empresa levando em conta também algumas obrigações e débitos...Estamos fazendo o levantamento e teremos esse resultado lá para setembro, quando poderemos mostrar a real posição da empresa", finaliza Arquelau Siqueira. 

O Governo do Estado - que já foi o maior acionista- resiste a tese de privatização da Cepisa. O governador Wellington Dias (PT) defende uma gestão compartilhada com o governo federal. Porém, em Brasília, a tendência de entregar à iniciativa privada as seis concessionárias de energia, ainda públicas, já é decisão assumida no Ministério das Minas e Energia.  

 

Graciane Sousa
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