O deputado estadual Luciano Nunes (PSDB) mandou um recado para os partidos que já estão em franca discussão do processo eleitoral de 2018. Segundo o tucano, o momento não é de politizar e sim unir forças para tirar o Brasil da crise financeira.

“Discutir eleição ainda é muito cedo. O momento não é de politizar as discussões. Temos que nos concentrar em todos os níveis a tirar o país da situação que se encontra hoje. Temos que amadurecer. Vamos deixar o discurso político para o ano eleitoral”, afirmou durante entrevista ao Jornal do Piauí.

Luciano Nunes citou como exemplo de sigla que não está focada em eleição agora, seu próprio partido. “O PSDB tem uma característica de fazer uma oposição responsável e crítica também de forma a fiscalizar as ações que não estão sendo desenvolvidas pelo poder Executivo”,  declarou.

O parlamentar aproveitou o tema para defender uma reforma política já para a próxima eleição. O tucano condenou, entre os mais diversos pontos considerados por ele negativos, o elevado número de partidos.

“Nós chegamos realmente no fundo do poço. Tudo que acontece hoje no Brasil, em parte, se deve também ao nosso sistema político-eleitoral que está esgotado, falido e efetivamente faz com que o povo brasileiro não sinta-se representado pelos seus representantes. Eu estou falando de forma geral. Existe uma crise de representatividade e uma criminalização da atividade política no país, que é muito perigoso”, ressaltou.

“É necessário uma mudança, uma reforma. Não existe país desenvolvido que não tenha democracia como prática. Onde não tem a luta é para acabar com as ditaduras. Temos que nos reinventar. Temos mais de 35 partidos e outros 50 com pedido de criação. Perdeu uma lógica. temos que avançar coma redução do número de partidos.”, disse Luciano Nunes, que defende a votação por meio de lista fechada.

Foto: Roberta Aline

“O eleitor deve votar onde tem democracia forte para cargos majoritários. Em parlamento você vota em partidos. Defendo a lista pré-ordenada, pois ela fortalece os partidos. Por conta do momento em que viemos já existe o preconceito contra a lista”, finalizou.

Hérlon Moraes
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