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Ciro Nogueira diz que antecipar chapa desagrega base governista

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O senador Ciro Nogueira, presidente Nacional do PP, afirmou nesta terça-feira (9) que antecipar uma chapa para as eleições de 2018 pode desagregar a base governista. Segundo Ciro, a aliança feita em 2014 deixou clara que o PP apoiaria o governador Wellington Dias caso ele fosse para a reeleição. Ele destacou ainda que somente a oposição aposto num rompimento dele com o PT. 

"O que eu quero é que fique claro que nas minhas tratativas com o governador, quanto a definição das outras duas vagas são de que elas ficarão para o ano de 2018. E ele concordou. O governador nunca me disse que acertou cargo de vice-governador com o PMDB, ou que a Regina é candidata ao Senado. Nunca acertou. É uma definição que irá acontecer em 2018. Se em 2018 os partidos coligados acharem que outro nome que tenha surgido são melhores, nós iremos apoiar esse nome no ano de 2018. Antecipar essa discussão não favorece em nada a nossa coligação porquê exclui pessoas e atrapalha o governo do governador Wellington Dias", pontuou o senador Ciro Nogueira.

O senador reforçou ainda que  governador não se elege só com o PT e reconheceu que ele também não se elegeria senador só com o PP. Para ele a decisão sobre a chapa só em 2018 reforça ainda mais o trabalho que vem sendo feito pelos nomes que querem se consolidar como candidatos. "Se a gente deixar essa decisão para 2018 vai ficar todo mundo trabalhando para se consolidar, mostrar o seu valor, mostrar como foi importante para o governador Wellington dias", pontuou.

Ciro Nogueira citou ainda o exemplo da capital onde ele avalia a importância das filiações de autoridades tucanas ao seu partido. "Para quê maior gesto do que a filiação de Dona Luci. Um gesto de grandeza do prefeito Firmino Filho, de confiança, de reconhecimento de tudo que o PP fez pela sua gestão. Sílvio Mendes, um dos maiores nomes da história da nossa capital se filiar ao nosso partido foi um gesto de confiança em tudo o que o PP fez pela gestão de Firmino", completa.

Lava Jato

O senador Ciro Nogueira falou ainda a respeito do seu nome citado nas investigasções da Operação Lava Jato. Ele admite que procurou empresas para realizarem doações para as campanhas, mas reforça, que na época das negociações a prática era permitida. Segundo ele é importante fortalecer as investigações e no país ninguém está isento.

"Primeiro temos que fortalecer qualquer tipo de investigação - você se lembra da operação carne é fraca? -  disseram que era para arrrecadar recursos para PP e PMDB e depois se viu que não tinha nada com os partidos e se provou que partidos não tinham nada a ver.  Não existe um partido que não esteja com pessoas denunciadas - nós tínhamos um partido onde era permitido pegar doações. Temos que fortalecer as instituições e a Justiça que eu confio que possa respeitar o direito de processo legal, o direito de defesa das pessoas - mas respeitando a posição do MPF.  Eu como presidente procurei as empresas e o próprio delator diz que eu não dei nada em troca.  Eu como homem público tenho que prestar contas a sociedade - qual o homem público que não está com denúnci?  Não existe! Não tem ninguém no país isento. Temos agora que prestar contas o MP e o judiciário tem que dar seu veredito e definir quem é culpado e inocente", acrescentou.

Reforma trabalhista

O senador se declarou ainda a favor da reforma trabalhista e acrescentou que as maiores críticas à proposição vem dos sindicatos que segundo ele "são os únicos que saem perdendo". Ciro desafiou ainda que qualquer sindicalista provasse que os trabalhadores terão direitos reduzidos com a medida.

Rayldo Pereira
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