Ao desembarcar em Teresina na tarde desta quinta-feira (25), o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, declarou que a história política dos governos de Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) é uma só, e será analisada no futuro como se os dois fossem um só governo. O tucano veio participar de eventos em prol da candidatura do prefeito Sílvio Mendes a reeleição na capital piauiense, e admitiu poder ser candidato à presidência da República em 2010.

"Eu faço uma análise que os meus companheiros discordam, mas que os adversários se irritam. No futuro, os historiadores e os cientistas políticos tendem a analisar o período de Fernando Henrique e Lula como um só período da história política do país. Começa pela  
estabilização da moeda, a internacionalização da economia, o início dos programas sociais, e a lei de responsabilidade fiscal", declarou Aécio, em coletiva após o desembarque no aeroporto Petrônio Portella.

Fotos: Sebastião Bisneto

Aécio afirmou que não veio pedir votos para Sílvio. "Vim demonstrar solidariedade do partido com o prefeito Sílvio Mendes ", disse o mineiro, que considerou a vitória em Teresina como fundamental para o partido. Ele apontou o prefeito tucano como uma das principais referências do PSDB por mostrar, assim como ele, que é possível se trabalhar uma gestão profissional, focada na qualificação e educação.

O governador saiu do aeroporto em carreata com Sílvio, e retornou ao aeroporto. A programação restante foi suspensa em função de compromissos de Aécio em Brasília.

 

Foto: Sebastião Bisneto

Crise em São Paulo
Aécio disse que não crê que José Serra esteja apoiando o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM) na campanha eleitoral. Ele acredita que apenas lideranças ligadas a ele tenham declarado esse apoio. O mineiro afirmou ainda que não vai julgar essa situação. "Espero que as principais lideranças políticas do partido saibam superar o momento de dificuldade", declarou o governador, que aposta em Geraldo Alckmin no 2º Turno.

Foto: Sebastião Bisneto

 

 

 

Tiro no pé
Sobre a campanha presidencial, Aécio Neves é mais comedido. "Se antecipar uma candidatura à presidência da República antes de fechar um projeto político é atirar no próprio pé", disse o tucano defendendo uma decisão consensual  para o próximo pleito. Admitindo que pode ser candidato, ele aposta que em 2010 o PSDB fará aliança com o DEM e partidos da base aliada do Governo Lula.

Ao falar do presidente petista, ele defendeu ainda que a campanha não poderá ser de ataques aos pontos considerados negativos pelo PSDB, mas sim uma campanha "pós-Lula". "Nós não devemos centrar em uma campanha anti-lulismo", declarou Aécio Neves.