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Deputados concordam que Temer não tem mais condições de governar

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Fotos: Wilson Filho

Os deputados estaduais do Piauí comentaram nesta quinta-feira (18) o envolvimento do presidente Michel Temer (PMDB) e do senador Aécio Neves (PSDB) em esquemas de corrupção que envolvem a Operação Lava Jato. O deputado Robert Rios (PDT) defendeu a deposição de Michel Temer.

Ontem, repercutiu na imprensa nacional o fato de Temer ter sido delatado pelo dono da JBS, que gravou o presidente dando aval para compra de silêncio de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara.

Robert afirmou que o país está sendo presidido por “bandidos” desde as últimas duas eleições e que tanto Lula quanto Aécio serão presos. 

"Eu já tinha falado que as últimas eleições presidenciais haviam sido disputadas por bandidos. Tanto a oposição tinha uma liderança bandida disputando, que era a do senador de Minas Gerais, como a própria dupla, Temer e Dilma, eram dois bandidos disputando a eleição. E agora com a queda do Temer nós vamos ter que virar o jogo. A prisão do Aécio Neves, que deve ocorrer ainda hoje, vai anteceder a do Lula. O Brasil não vai aceitar que o Lula fosse preso com o Aécio também envolvido e não preso. A prisão do Aécio justifica a prisão do Lula, que também justifica a queda do Temer, que está terrivelmente comprometido, fazia parte de tudo e não podia ser que a Dilma fizesse tudo isso e o Temer que estava sendo vice dela duas vezes, não tivesse envolvido.

_Agora o povo do Piauí e do Brasil não aceitar eleições indiretas. Eleições indiretas com um congresso apodrecido por centenas de parlamentares envolvidos  é inaceitável. Só eleição direta salva o Brasil", declarou Robert Rios. . 

O deputado João de Deus (PT) diz que Temer não tem mais condições de continuar governando. “O fato é que a gente precisa nesse momento discutir como resolver a crise política do Brasil. Acho que Temer não tem mais condições, não tem a mínima condição de governar o Brasil porque não se tata apenas de uma delação, se trata de uma prova concreta e acredito que vamos ter mais conhecimento nas próximas horas, como o ministro Faccin liberando essas provas, tornando público, deixando que a imprensa tenha acesso a todas as provas e a sociedade possa conhecer melhor”.   

Além disso, ele também concorda que o presidente deve denunciar. “Eu acho que a saída seria uma renúncia, porque o impeachment leva muito tempo, leva mais de seis meses, e o Brasil não aguenta mais um aprofundamento da crise, com essa repetição, esse ciclo repetitivo e vicioso, como a gente costuma chamar. Nesse sentido eu acredito que ele possa renunciar. Há quem avalie que ele não vai mais ter base de apoio no congresso, diante disso, as reformas que ele estava implementando, que mexem com interesses da sociedade, elas simplesmente não têm mais condições de seguir. Diante desse quadro significa que ele já não pode ir às ruas, já não pode aparecer em público. Então ele vai ter condição de governar? Ele contava com o congresso. E agora o congresso vai continuar respaldando essas reformas antipopulares?, concluiu.

Lyza Freitas
[email protected]

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