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FAMCC lança campanha, divulga pesquisa e quer debate

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Uma pesquisa encomendada pela Federação das Associações de Moradores e Conselhos Comunitários do Piauí (FAMCC), será apresentada na próxima quarta-feira(01), para provocar uma revisão do Plano Diretor de Teresina.

Segundo a Famcc, está análise será a prova incontestável de que o Plano não teve participação popular, ferindo assim uma das diretrizes do Estatuto das Cidades. O resultado será no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Piauí (FETAG-PI). 

Além da pesquisa, a FAMCC lançará a campanha: ?Olho no seu voto: Reforma Urbana Já!?, onde também será promovido um debate com os candidatos a prefeito de Teresina. A idéia, segundo Neide Carvalho, integrante da diretoria da entidade, ?é ouvir as propostas dos postulantes ao cargo. Queremos saber o que eles pensam sobre o urbanismo em nossa cidade e o que eles pretendem fazer, caso sejam eleitos?, confirmando ainda a presença de várias associações de moradores.

Com críticas ao Plano Diretor elaborado pela Prefeitura Municipal de Teresina, Neide Carvalho afirma que houve apenas uma adaptação da agenda 2015. Segundo ela, o PDDU exige a instalação de um comitê gestor com participação popular e de técnicos da PMT que deveria apontar prioridades de investimentos no município, o que não foi concretizado pela Prefeitura de Teresina.

?Não existe esse comitê. A FAMCC, assim como outras entidades de movimentos sociais não participaram da elaboração desse Plano Diretor que a PMT insiste em dizer que é participativo. Eles fizeram as plenárias com a maioria das pessoas vindas das zonas rurais. Elas nem sabiam o que estavam fazendo quando assinaram uma lista de freqüência.É por isso que Teresina vive um caos no trânsito, conflito de terras e falta de saneamento básico?, declarou.

A pesquisa, realizada pela FAMCC, em parceria com a Escola de Planejamento Urbano e Pesquisa, Cearah Periferia e Oxfam Internacional, revelou que 91,8% dos pesquisados não sabem o que é o Plano Diretor. 97,2% dos entrevistados disse não ter sido convidado a participar das discussões sobre o PDDU. Entre os problemas nos bairros, 38,9% mostrou-se insatisfeito com a falta de saneamento básico, enquanto 20,2% reclamam da segurança. Em análise ao município, segurança, violência, desemprego e saúde foram os itens mais destacados.

?Nessa reta final de campanha vamos massificar esse trabalho, porque queremos chamar a atenção de todos os candidatos para essa situação, por isso, nosso movimento não é de cunho eleitoreiro. Essa proposta parte de um movimento nacional, através do Fórum Nacional de Reforma Urbana. É uma iniciativa que tenta fazer com que a população possa refletir para as conseqüências de um voto errado, que é a quem mais sofre com os problemas apontados nessa pesquisa, caso não haja comprometimento do nosso futuro prefeito?, concluiu Neide Carvalho.

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