O senador Elmano Férrer afirmou nesta sexta-feira (23) que o Brasil é um país que vive de improvisação. Um exemplo claro disso é o combate à seca através da operação carro-pipa. Para o parlamentar, o país prefere o paliativo ao invés de fazer obras que resolvam o problema, como a adutora do Sertão.

“Perdemos o planejamento estratégico no Brasil. Vivemos de improvisação. Surge um problema no sistema prisional, todo mundo se volta pra aquilo e depois esquece. A segurança é do mesmo jeito, saúde. Esses são nossos grandes desafios. Vou aproveitar meu momento de senador para trabalhar projetos. Não se executa projetos em 2 anos”, disse em entrevista à TV Cidade Verde.

Segundo o senador, o governo gasta anualmente no Nordeste quase R$ 1 bilhão por ano com carro-pipa. “Depois volta a era invernosa e do que ficou daquela operação emergencial? Nada. Aqui no Piauí se gasta de R$ 100 milhões a 120 milhões para se se distribuir água em carro-pipa”, afirmou.

O senador lembrou que o Piauí tem um potencial hídrico subterrâneo muito rico e, se adutora do Sertão for viável, vai lutar pela obra. “Em sendo viável a adutora do Sertão, tecnicamente, ambientalmente, vamos entregar ao Exército. Temos aqui um batalhão em Teresina, outro em Picos e passa a ser um projeto de Estado e não de governo. A ideia é essa”, declarou.

Elmano aproveitou e citou outras obras que devem virar projetos de Estado: a duplicação das BRs 343, 316 e 135. “Somos a única capital do Brasil que não tem duplicação. A mesma coisa acontece com a BR-135. O Estado brasileiro hoje não atende as aspirações da coletividade”, finalizou.

Foto: Roberta Aline

Hérlon Moraes
[email protected]