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Advogado apresenta bilhete com data em que policial do Bope foi morto

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O advogado assistente de acusação, Tiago Vale, apresentou nesta sexta-feira(30), na audiência que apura a morte do cabo do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Claudemir de Paula Sousa, de 33 anos,  um poema e um bilhete, ambos escritos pela noiva e suspeita  de encomendar a morte, Maria Ocionira Barbosa de Sousa. 

O bilhete foi encontrado dentro dos documentos da moto do cabo e tem os dizeres: "Data final 06/12/2016", justamente o dia da execução. O papel, segundo o advogado, teria a letra da noiva de Claudemir, de acordo com a comparação feita por ele com o poema que a mesma deu a vítima.
 
"A Ocionira e o Leonardo utilizaram o direito de permanecer calado. Eu trouxe aos autos um poema escrito por ela para a vítima e trouxe um bilhete que foi encontrado dentro dos documentos da moto pertencente a ele, que tinha escrito com a letra dela, ainda não é uma comparação técnica, a data do óbito. Isso chama muito atenção. Dá a entender que ele pegou esse bilhete dela, alguma coisa, e tenha guardado e solicitado alguma justificativa. Este bilhete estava no documento e a família teve acesso agora constando exatamente o termo: data final 06.12 de 2016, data do cometimento do crime", explicou o advogado.

Tiago Vale disse que mostrou o bilhete na audiência, pegando Ocionira de suspresa. "Mostrei o bilhete para ela e foi pega de surpresa, mais uma vez ela usou o direito de ficar calada. Ela não afirma que o livro de poesia foi oferecido por ela e tão pouco que o bilhete foi escrito por ela. A defesa entende que era um aviso pra alguém e ele teve acesso", ressalta o advogado.

A defesa também  requereu todo o monitoramento da tornozeleira eletrônica de Weslley Marlon Silva, apontado pelas investigações como o autor dos disparo. "Já tiveram acesso a algumas informações,  onde provam que o suspeito esteve dentro do apartamento de Leonardo Ferreira Lima, autor intelectual do crime. O monitoramento também comprova que às 16h do dia exato do crime, Wesley Marlon passou na casa do também atirador, Flavio Willame. Dirigiram-se ao local do crime e aguardaram  a hora exata em que o cabo sairia da academia. Wesley efetuou os disparos e fugiu do local. Ele nega e contraria, afirmando que não esteve nos locais, mesmo com as comprovações do monitoramento de sua tornozeleira eletrônica", explicou.

O policial militar Claudemir Sousa, 33 anos, foi morto a tiros na noite do dia 6 de dezembro quando saía de uma academia no bairro Saci, zona Sul de Teresina. O crime aconteceu por volta das 21h na avenida principal do bairro.

Da Redação
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