Apesar de déficit previdenciário, ex-ministro tem avaliação otimista sobre Piauí

Visita do ex-ministro Carlos Gaba ao Piauí (Fotos: João Albert)

Ao considerar o déficit previdenciário existente em quase todos os estados do Brasil, o ex-ministro da previdência, Carlos Gabas, vê um cenário otimista e "interessante" no trabalho que está sendo desenvolvido pelo Piauí quanto a uma solução para o problema.

Nesta terça-feira (11) em Teresina, ele elogiou como "inovador" a busca que tem sido feita pelo governo Wellington Dias (PT) para viabilizar a alimentação constante e crescente de um Fundo previdenciário, que faça frente às despesas do setor.

Além disso, ressaltou que as alternativas que estão sendo pensadas pelo governo podem vir a ser referência para que outros estados também criem seus fundos de previdência.

O ex-ministro disse que sempre houve uma preocupação do governador Wellington Dias em relação a essa questão e que ele tem trabalhado com um conjunto de medidas e alternativas que têm caminhado. Ele afirmou que são soluções que preveem, por exemplo, a utilização de recursos que se tornem rentáveis através de ativos.

"De vez em quando ele me convida para acompanhar a execução para ver se é viável. As soluções que aponta não só tem condições de resolver o problema, mas certamente serão referência. Outros estados estão de alguma forma copiando e pode ser uma saída para o problema a nível de Brasil, para os servidores da União", esclareceu Carlos Gabas.

Ele acrescentou que todo o processo que está sendo criado no Piauí é "interessante". Também disse que, na verdade, o que acontece no Brasil, é que os estados não criaram ou não se preocuparam em criar seus fundos quando instituíram seis regimes de previdência para que quando necessário, pudesse pagar as aposentadorias.

"Acontece que chega um determinado momento que começam a se aposentar e não tem de onde tirar, não tem o fundo, porque ou acabaram com ele ou foi utilizado em outros fins. No Piauí ele só foi criado há três anos e não acumulou recursos suficientes para fazerem frente às despesas, então há um problema. Mas é um problema do Brasil, porque nenhum estado fez", finalizou.

Hoje o ex-ministro teve uma reunião com o governador no Palácio de Karnak. O secretário de administração, Franzé Silva, salientou que a dívida da previdência do estado é de mais de R$ 60 milhões. "E ela vai crescendo", destacou o secretário.