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Conselheira denuncia crime de racismo durante exercício da profissão

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Uma conselheira tutelar registrou boletim de ocorrência na cidade de Palmeirais (a 108km de Teresina) por crime de injúria racial e ameaça de morte durante exercício da profissão. Um grupo de conselheiros do Estado esteve com o secretário Estadual de Segurança Pública, Fábio Abreu e pediu uma apuração rigorosa no caso.

A conselheira Elizabete Pereira dos Santos, 34 anos, que fez a denúncia a Polícia contou ao Cidadeverde.com como foi atacada.

Ela relata que recebeu uma denúncia de maus tratos contra uma criança de seis anos no bairro Bacuri, em Palmeirais. Ela disse que estava de plantão e foi verificar o caso e fez os procedimentos normais. Logo após a denúncia, a agressora passou a lhe hostilizar e fazer agressões verbais.

"Eu ouvi e tenho testemunhas dela me chamando de negra nojenta, negra imunda e 'urubua'. Não tenho dúvida que é por causa da denúncia verificada pelo Conselho e por ela ser racista. Por isso, registrei boletim de ocorrência na delegacia e não vou tolerar tais crimes", afirmou a vítima.

Ela conta que as agressões viraram constantes e um dia a suspeita chegou a lhe ameaçar com faca e um pedaço de madeira.

Elizabete relatou ainda que por medo de uma investida mais perigosa da agressora, ela teve que tirar seu filho de casa.

O presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares do Piauí, Francisco Leite da Silva, disse que a denúncia é grave e pediu providências da Secretaria de Segurança.

"Queremos agilidade no caso. Ela estava na sua função de verificar uma violação contra os direitos da criança e não aceitamos tal absurdo. Ela está sendo humilhada e não vamos deixar que o caso seja arquivado. É inadmissível  que em pleno século 21 tem gente que ainda comete crime de racismo", disse o presidente da Associação.


Flash Yala Sena
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