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Jovem que freou ataque cibernético mundial é preso pelo FBI nos EUA

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Marcus Hutchins (Foto: Frank Augstein/AP Photo)

 

Marcus Hutchins, o especialista britânico em segurança digital de apenas 23 anos que freou o ciberataque mundial em maio, foi preso nesta quarta-feira (2) pelo FBI, enquanto ele participava de uma conferência hacker em Las Vegas, nos Estados Unidos.

A informação foi confirmada pelas autoridades norte-americanas ao site “Motherboard” e ao jornal “Telegraph”. Andrew Mabbit, amigo do jovem, afirma que Hutchins foi detido, mas não informaram para onde ele foi levado. Não está claro quais foram os motivos da prisão.

Depois de ter agido para frear o avanço do vírus de resgate WannaCry, que causou uma turbulência global por sequestrar sistemas conectados ao redor do mundo, Hutchins estava trabalhando com o serviço de segurança britânico.

O Centro de Segurança Cibernética Nacional afirmou ao “Telegraph” que está preocupado com a situação, mas é “inapropriado” comentar sobre a atuação de outras autoridades.

O jovem, conhecido como MalwareTech, estava nos Estados Unidos para participar de duas conferências hacker, a Black Hat e a Def Con, ambas em Las Vegas.

O ciberataque

Segundo a Europol, o serviço europeu de polícia, o ciberataque que atingiu diversos países em maio não tem precedentes. Quase uma centena de países foi atingida. Muitas empresas e organizações, como hospitais britânicos, a espanhola Telefónica e a francesa Renault, também foram afetadas. No Brasil, empresas e órgãos públicos de 14 estados mais o Distrito Federal foram atacados.

O agente do ataque é o vírus "ransonware", que explora uma falha nos sistemas Windows e foi exposta em documentos vazados da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA).

O vírus de resgate inutiliza o sistema ou os dados presentes nele até que seja paga uma quantia em dinheiro -- entre US$ 300 e US$ 600 em Bitcoins, segundo o grupo russo de segurança Kaspersky Lab. Ou seja, eles "sequestram" o acesso aos dados e pedem uma recompensa.

No Brasil, os ciberataques levaram várias empresas e órgãos públicos a tiraram sites do ar e desligarem seus computadores, como Petrobras, INSS, Tribunais da Justiça de São Paulo, Sergipe, Roraima, Amapá, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia e Santa Catarina, Ministério Público de São Paulo, Itamaraty e IBGE.

De acordo com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da presidência, as invasões ocorreram em grande quantidade no país por meio de e-mails com arquivos infectados. Segundo o GSI, "não há registros e evidências de que a estrutura de arquivos dos órgãos da Administração Pública Federal (APF) tenha sido afetada".

 

Fonte: G1

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