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'Distritão' pode enfraquecer partidos políticos, alerta Wellington Dias

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O governador Wellington Dias (PT-PI) demonstrou receio com a possível aprovação do voto distrital para as eleições de 2018 e 2020, como tramita no Congresso Nacional. O gestor disse ao Cidadeverde.com que a proposta, sancionada, pode gerar enfraquecimento das siglas partidárias. 

"Eu creio que a implantação do distritão neste instante pode causar um impacto nos partidos", disse o governador, após visitar obras de mobilidade urbana, em Teresina, na última sexta-feira (12). 

Ex-deputado federal e ex-senador, o petista opinou que o voto distrital pode "tirar tudo aquilo que é essencial, que é a capacidade dos partidos de terem uma ideia, de ter um compromisso sobre o qual a votação do eleitor modifique, atendendo as causas que são abraçadas pelos partidos". 

Pelo projeto, venceria a eleição parlamentar quem tiver mais votos, sem a presença de quociente eleitoral. A medida valeria novos deputados estaduais, federais e distritais para 2018 e vereadores no pleito de 2020. A partir de 2022, entraria em vigor do voto distrital misto, no qual o eleitor votaria duas vezes: a primeira em uma lista do partido e a outra no seu candidaot no distrito eleitoral ao qual pertence. 

Wellington Dias vê com bons olhos as propostas negociadas para que existam condições de financiamento de campanha e o acordo para voto proporcional em lista com pactuação com o distrito.

A proposta de Reforma Política já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e seguirá para o plenário da Câmara dos Deputados, sendo aprovada se tiver 308 votos dos parlamentares. Para que entre em vigor na eleição de 2018, é necessário ainda que a mudança passe também pelo Senado até a primeira semana de outubro. 

Fábio Lima
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