O senador Elmano Férrer (PMDB) defendeu que seria um avanço para a tramitação da Reforma Política se a Câmara dos Deputados analisasse o projeto sobre a Reforma aprovado o ano passado no Senado.
De acordo com o senador, a matéria aprovou em 2016 dois pontos importantes que foram a limitação do número de partidos, com a criação de uma cláusula de desempenho e novas regras para as coligações partidárias. Para ele, não está havendo um entendimento entre os partidos e lideranças em torno do debate da Reforma na Câmara.
“Aprovamos essa questão de muitos partidos na constituição. Vejam que hoje temos 35 partidos legalizados e temos fila de mais outros 50 querendo se legalizarem e a questão que aprovamos foi limitando a quantidade desses partidos, o que aprovamos foi uma cláusula de desempenho. E aprovamos também a questão relacionada às coligações partidárias, que são fundamentais. Acredito que se a Câmara analisasse essa proposta como saiu do Senado seria uma avanço”, criticou Elmano.
Elmano não acredita, como já é previsto também por outros políticos, que haja tempo hábil para que pontos da reforma política seja aprovados e que já entrem em vigor valendo para as próximas eleições.
“A reforma política está no apagar das luzes e não damos – eu falo em tese – resposta a sociedade. [...] Reforma que deixaram para última hora, questão de prazo. Cada político, cada deputado quer ter a sua própria reforma. A população há mais de 20 anos exige uma reforma, mas pelo próprio modus operandi, acredito que não há como aprovar e a situação do país chegou onde chegou”, defendeu.
Ele também lembrou de pontos que considera que são os mais discutidos, a exemplo da criação do fundo público de campanha. “O fundo público de campanha, que a câmara está analisando essa proposta de um grande financiamento, de um valor altíssimo de R$ 3,5 bilhões, que se somado aos cerca de R$ 900 milhões do Fundo Partidário, vai para 4,4 bilhões”.
O senador evitou emitir um posicionamento sobre se o PMDB vai continuar apoiando o governo Wellington Dias no Piauí. Ele disse que 2018 que não há como falar em candidatura se ainda não há nada definido.
Elmano Férrer destacou ainda que o momento atual é “preocupante”, mas que houve avanços no país como o desenvolvimento e aumento de produção do agronegócio. Contudo destacou a necessidade de melhorias na segurança pública, nas penitenciárias e quanto ao desemprego.
Lyza Freitas
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