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Sem vacinação, Amarilis adverte que pode voltar coqueluche e paralisia

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A diretora de vigilância em saúde da Fundação Municipal de Saúde, Amarilis Borba, fez um alerta à população para o possível ressurgimento do vírus da coqueluche, difteria e paralisia infantil em todo o Brasil. A culpa  desta vez será dos pais que não tem cumprido a tabela de vacinação infantil obrigatória hoje no Brasil.

"Dizem que estamos numa democracia, mas está tendo o ressurgimento da coqueluche a difteria. Chama atenção que na Venezuela morreu uma criança na fronteira por complicação de difteria que é uma vacina que consta na vacina pentavalente. Precisamos ter cuidado e essa alerta porquê com essa imigração da Venezuela para o Brasil e do Haiti para o Brasil, como não há programa de vacinação efetivo nesses países eles podem ser portadores da doença", alerta a médica.

O Brasil atualmente possui o maior sistema de imunização do mundo, com cerca de 27 vacinas oferecidas de graça a população. Mas mesmo assim é cada vez menor o número de pessoas que mantém o cartão de vacinação em dias.

"Eu tenho a impressão que é um pouco de pensar que é super-homem e que é mulher maravilha, e que isso vai acontecer com os outros e comigo não. Então isso leva a esse descanso - essa pouca responsabilidade de não cumprir o calendário nacional de imunização. A vacina é de graça, a conservação o cuidado com ela é enorme. Nós temos  um trabalho muito cuidadoso na fundação com geladeiras própria, piso próprio, todos com termômetro do lado de fora. Isso é conferido todos os dias e ainda verificado pelo Ministério da Saúde. Temos um serviço de vigilância para os efeitos adversos se ocorrerem. Tem todo esse protocolo que é feito com rigor porquê nós temos um carinho muito especial e também todas as pessoas que operacionalizam essa ação de imunização - então eu não entendo porquê as pessoas não procuram", completou a doutora.

Paralisia Infantil

A médica fez ainda o alerta sobre a paralisia infantil que foi detectada em forma do vírus selvagem no aeroporto de Guarulhos em São Paulo. O achado desperta ainda mais o alerta para as pessoas da necessidade de regularização do cartão de vacinação.

"A paralisia infantil pode voltar já que em 17 países do mundo ocorre paralisia infantil então a chegada do vírus selvagem da paralisia infantil é um fato que pode ocorrer. Há três anos atrás foi identificado o vírus selvagem do tipo 1 da paralisia no esgoto do aeroporto de Guarulhos e o governo Federal pode ter esse controle da imunização.  Foi aceso um alerta para se preparar para fazer o diagnóstico e a investigação das paralisias flácidas agudas em menores de 15 anos", completou a médica.

 Amarilis conclui criticando a postura de famílias que não levam os filhos para se vacinar usando o bom exemplo da vacinação canina, que é cumprida a rigor por uma grande quantidade de pessoas. "O que me chama atenção é porquê que em Teresina nós conseguimos fazer 120 mil doses de vacina em gato e cachorro num único dia e não se consegue vacinar 52 mil crianças numa campanha de vacinação da gripe de seis meses a cinco anos", finaliza.

Rayldo Pereira
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