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Policiais de Miami vão levar para os EUA experiência de aplicativos do Piauí

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Policiais do Departamento de Miami

Policiais americanos vão levar para Miami a experiência vivenciada no Piauí através de aplicativos de denúncias. Nos próximos cinco dias, profissionais do Departamento de Polícia de Miami (EUA) realizam curso investigação de homicídio. Ao todo, 43 delegados e agentes de Polícia Civil e militares participam da capacitação.

Ezra Washigton, policial do Departamento de Miami

Ezra Washigton explica que nos Estados Unidos as denúncias são realizadas apenas por telefone, algo semelhante ao disque- denúncia no Brasil. 

"Não temos esse recurso que talvez funcione melhor que o disque-denúncia, pois qualquer cidadão pode denunciar em tempo real o que está acontecendo. A ajuda da população é muito importante para nos ajudar a elucidar os casos. O aplicativo é uma ferramenta rápida e eficaz que permite que a população contribua também para a solução dos casos", disse o policial americano, um dos três que ministram o curso na Academia de Polícia Civil do Estado. 

Os aplicativos da Secretaria de Estado da Segurança Púbica do Piauí com maior destaque são o Depre-DH e o Salve Maria. Os apps garantem ao denunciante total anonimato porque não é feito recolhimento de nenhum dado pessoal ou número de telefone. Várias operações foram deflagradas com base em denúncias enviadas aos aplicativos que podem ser baixados gratuitamente no celular. 

Daniel Valadares, policial do Departamento de Miami

"Viemos compartilhar com os policiais brasileiros todo um processo investigativo que começa quando a chamada é recebida, o momento em que chegamos no local, isolamos a área e utilizamos as técnicas mais modernas do ponto de vista tecnológico para chegar a solução da ocorrência", acrescenta Daniel Valadares, policial que também compõe a equipe de Miami. 

O delegado-geral de Polícia Civil do Piauí, Riedel Batista, ressalta que a capacitação vai aumentar a resolutividade de crimes homicídios. 

"Nossa investigação sobre crimes de homicídios vai melhorar ainda mais. Temos uma taxa muito boa de resolução no Piauí em comparação com o Brasil. Estamos investindo no nosso maior patrimônio que é o nosso efetivo", disse Riedel Batista.

Equipes formadas por delegados e agentes de polícia das Delegacias de Homicídios, Núcleo de Feminicídio, de Proteção e Segurança do Menor (DSPM), Altos, José de Freitas, Parnaíba, Picos, Floriano e Diretoria de Inteligência da SSP-PI estão relacionados para participarem da capacitação.

O coordenador da Delegacia de Homicídios de Teresina, Francisco Costa, o Baretta, é um dos delegados que participa do curso.

"A capacitação é o primeiro passo para qualquer atividade crescer. Na investigação criminal de homicídio não é diferente. Estamos vendo conceitos, métodos e técnicas que serão aliados ao nosso conhecimento e servirão de multiplicação no Estado do Piauí", acredita Baretta.

O curso acontece em várias cidades brasileiras e é resultado de um convênio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) junto à embaixada norte-americana.

 

Graciane Sousa
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