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Caso Makelly: professor deve ser solto hoje (06) e promotor recorre da decisão

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O promotor Ubiraci Rocha recorreu da sentença da 2º Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina que absolveu o professor e jornalista Luís Augusto Antunes,33 anos, no caso da morte da travesti Makelly Castro. 

De acordo com o representante do Ministério Público, o Conselho de Sentença reconheceu que foi Luís Augusto o autor do homicídio por 4 a 2, mas “contraditoriamente” o absolveu por 4 a 3. 

“Eles [júri] admitem ter sido o acusado Luís Augusto Antunes o autor do delito, mas no quesito seguinte, ao ser indagado: o júri absolve o réu?, eles o absolveram, numa flagrante contradição às respostas. Se for erro, se compreende, se não o for, o crime de ódio contra as travestis está cada vez mais vivo na sociedade. Se não foi erro é mais grave, porque se traduz como ódio e discriminação à condição da vítima, uma permissividade de se matar pessoas já marginalizadas. Uma pena!”, lamentou o promotor responsável pela denúncia. 

O promotor disse que o Ministério Público recorreu com base em decisão contrária à prova dos autos e “contradição nas respostas aos quesitos”. O MP sustentou a tese de homicídio qualificado. A pena máxima para casos como este é de 12 a 30 anos de reclusão. 

O julgamento de Luis Augusto iniciou na manhã dessa quinta-feira (05) e só foi concluído após as 18h.  O alvará de soltura do réu deve ser expedido ainda na manhã de hoje (06).

 O acusado estava preso desde 2015 na Penitenciária Irmão Guido. "Vamos ainda conversar com a família para saber que providência iremos tomar", disse o advogado do reú, Gilberto Ferreira, se referindo a uma possível reparação pelo período que o acusado esteve preso.

O julgamento do caso Makelly Castro foi primeiro por motivação homofóbica no Piauí.

 

Izabella Pimentel
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