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Iphan diz que não há irregularidades em obra no Parque Floresta Fóssil

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A derrubada de árvores no parque Parque Floresta Fóssil para a construção de uma avenida tem gerado polêmica. A área se tornou patrimônio cultural em 2008 e é o único sítio paleontológico do país tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

O superintendente do Iphan no Piauí, Fábio Ferreira, explica que não há irregularidades relacionadas ao patrimônio tombado pelo órgão. 

"A competência do Iphan se atém a preservação do patrimônio paleontológico da Floresta Fóssil que se encontra nas margens do rio, ou seja, os troncos de árvores. Estamos acompanhando a dinâmica de implantação da avenida. As exigências ponderadas pelo Iphan estão sendo cumpridas pela prefeitua de Teresina", declarou Ferreira. 

Entre as exigências estão a preservação de 56 troncos de árvores. Destes, apenas um será deslocado. 

"A maior concentração dos troncos é na margem do leito dos rio e não será mexido em nenhum que esteja em posição de vida. Esse tronco fóssil que será deslocado não está mais em situação de vida. O projeto para esse deslocamento foi feito por um paleontólogo para garantir que não haveria prejuízo", reitera. 

Fábio Ferreira destaca a riqueza dos fósseis datados de 240 milhões de anos.

"Os troncos estão ali há muito tempo, antes mesmo da existência humana. A riqueza disso é muito grande pois significa que alguns ainda estão em posição de vida, ou seja, estão fixos naquele lugar há cerca de 240 milhões de anos", explica Ferreira ressaltando ainda que a derrubada de árvores não é competência do Iphan. 

O Parque Floresta Fóssil, como poligonal do Iphan, foi criado em 2015. 

A obra em andamento é a Via Sul que ligará a avenida Marechal Castelo Branco, no bairro Ilhotas, ao bairro Porto Alegre.

 

Graciane Sousa
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