Atualizada às 9h50
Alguns empresários que estão participando ativamente das reuniões da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Assembleia Legislativa, foram barrados no início da manhã desta quinta-feira(26). Hoje, a comissão decide se aprova ou não o projeto de lei do governo do Estado que aumenta a alíquota dos impostos. A classe empresarial é contra.
Os manifestantes tentaram entrar na sala de comissão e foram impedidos pela Polícia Militar por cerca de uma hora, causando um tumulto na frente da sala.
O presidente a Associação Piauiense de Empresários de Obras Públicas, Arthur Feitosa, disse que só conseguiram entrar após intervenção do deputado Robert Rios. "No acesso ao prédio anexo tinha policiais militares que não permitiram a entrada e só foi possível entrar depois da intervenção do deputado Robert Rios. O que nos disseram é que só a imprensa poderia ter acesso a sala da CCJ".
“Eu cheguei atrasado e já tinham resolvido, mas os empresários que chegaram às 8h30 foram barrados, disseram que era ordem do presidente que só poderia entrar a imprensa. Mas, eles ligaram para o deputado que veio aqui e colocou todo mundo para dentro, depois de muita luta”, informou o vice-presidente do Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis, José Couto.
O representante da Associação Industrial do Piauí, Joaquim Costa, confirmou que a entrada foi dificultada no início da manhã, o que causou estranheza já que nas reuniões anteriores não houve problemas para que todos pudessem entrar na sala.
"Nas outras reuniões que tiveram nós tivemos acesso desde o início sem nenhum problema. Inclusive o nosso presidente ficou no plenário e agora ficamos, no início, impedidos. Desde 8h quando nós chegamos, tinha uma barreira aqui no anexo para o acesso à sala da CCJ e só por volta das 8h30 conseguimos entrar".
Alepi
De acordo com o comandante da Assistência Militar da Alepi, coronel Cristiano, não havia ordem de impedimento e sim uma arrumação na sala, já que chegaram muito cedo.
“Eles chegaram muito cedo e ainda estavam arrumando a sala, por isso o policial que estava na frente não deixou eles entrarem, estavam reservando os locais. Mas, agora já estão todos no local. São 29 cadeiras e no espaço cabem umas 100 pessoas e lá já deve ter umas 80”, declarou o coronel Cristiano.
Ele acredita que a votação ocorrerá dentro da normalidade e disse que o tumulto entre deputados na sessão de terça-feira(25) foi “atípica”. “Vão haver aplausos, vaias e espero que a conduta seja como sempre foi, apesar de termos tido uma conduta atípica, acredito que será um trabalho normal”, almeja o chefe da assistência militar.
Empresários de todos os setores fazem pressão para que o projeto seja retirado de pauta. Um trio elétrico está parado na frente da Alepi e espalharam, pela cidade, outdoors repudiando os deputados que devem votar pela aprovação, assinado por entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi), Associação Industrial Piauiense (AIP) e Associação dos Jovens Empresários (AJE) e a hastag #naovamospagaressaconta.
Caroline Oliveira e Lyza Freitas
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