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Raul Velloso diz que País vive pior recessão e saída é a previdência

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O economista Raul Velloso reafirmou nesta segunda-feira (30) que o País vive a pior recessão dos últimos anos e apontou como saída a proposta de equacionamento da previdência pública.

Raul Veloso, que é Ph.D em economia pela Universidade de Yale, nos EUA, e ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, participou de debate durante o Fórum Piauí Brasil, realizado pela revista Cidade Verde. O evento ocorreu no auditório da Federação das Indústrias do Piauí (Fiepi). Participaram do Fórum o governador Wellington Dias (PT), o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), os senadores Ciro Nogueira (PP) e Elmano Ferrer (PMDB), o reitor da Ufpi, José Arimatéia Lopes, além de empresários, prefeitos, secretários  e gestores privados. 

Raul Velloso iniciou sua fala sobre a importância do equacionamento da previdência pública. O economista ressaltou que o debate do déficit da previdência é a "pedra filosofal" para resolver o problema macroeconômico do Brasil. 

"Simultaneamente equacionamos a previdência, nos tira dessa enrascada que estamos".

Raul Velloso destacou a gestão do governo do Piauí que avança em relação aos outros Estados. Ele revelou que esteve com o governador Wellington Dias (PT) e apontou saídas para que o governo não entre em colapso.

Pior recessão

Ao falar sobre recessão, crise fiscal e tratamento diferenciado, Raul Velloso confirmou que o Brasil vive a maior recessão da história e que as pessoas não estão dando conta da gravidade. 

"É a pior recessão desde 1900. O pior momento neste sentido de desemprego e da capacidade produtiva...Vem a recessão desaba a atividade econômica e arrecadação de tributos e há pouco o que fazer e esperar a crise passar".

Não recomenda aumento de impostos

"Não dar para aumentar impostos durante a recessão e quem fizer isso está se suicidando e é difícil de aprovar no Congresso", afirmou o economista que foi bastante aplaudido. Ele não citou o Piauí já que o governo enfrenta crítica com o projeto de lei que aumenta impostos no Estado.  

Segundo ele, existem gastos que são rígidos e de difícil implementação, podendo desencadear uma onda de pessimismo. 

Durante a palestra, Raul Velloso mostrou gráficos e apresentou dados nacionais. 

Ele ressaltou que uma das propostas estudadas é a anistia a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas não resolve o problema da crise. Ele lembrou que o governo do Rio de Janeiro aprovou um programa de recuperação fiscal, mas não conseguiu implementar. 

Elogios a gestão do Piauí

O economista destacou que o Piauí está fora da curva no sentido de estar  melhor protegido e apresenta um desenho melhor que os outros Estados.

"O Piauí é um dos poucos Estados a navegar a passos largos nessa tempestade".

Raul Velloso lamentou que o Ministério da Fazenda enveredou por outros caminhos que deu com os "burros n' água" e citou como exemplo o teto para os gastos que não pode ser cumprido. Outra decisão do governo federal foi discutir a reforma da previdência com medidas impopulares e inviáveis.

Recessão chega ao fim

O economista mostrou um dado publicado na Folha de São Paulo de que a recessão chegará ao fim e o Brasil vai se recuperar dessa crise severa. Ele citou que existem estudos da Fundação Getúlio Vargas  que apontam vários indicadores econômicos e que os gestores precisam fazer o dever de casa.

A mesa com Raul Velloso contou com a participação do secretário de Fazenda, Rafael Fonteles e do economista e professor Felipe Mendes. Em seguida o público teve oportunidade de fazer perguntas e questionamentos para o economista.

 

Flash Yala Sena
[email protected]

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