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"Ninguém tem o direito de tirar a vida", diz senador do Espírito Santo no PI

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O senador e pastor Magno Malta (PR-ES) veio ao Piauí prestar solidariedade à família da universitária Camilla Abreu, mais uma vítima de feminicídio no Piauí. O capitão da Polícia Militar, Alisson Wattson, confessou o crime. O corpo da jovem foi encontrado em um matagal apenas cinco dias após a morte. 

"Quem se revolta com o crime, não basta ficar em casa e ir para as redes sociais. A violência contra a mulher não só agride, mas mata. A família está sofrida. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém, só Deus", disse o parlamentar. 

Em Teresina, Magno Malta convidou os teresinenses a participar de uma manifestação na próxima quarta-feira (08), às 17h, em frente ao Comando Geral da Polícia Militar do Piauí. 

"Quero conclamar vocês porque a família está organizando uma passeata contra o feminicídio. Soube que a senadora Regina Sousa (PT-PI) fez um pronunciamento sobre o caso. Eu gostaria que todas as senadoras e aqueles que lutam pelos Direitos Humanos que se levantassem. Quero conclamar a todos os deputados federais também a se manifestarem, bem como os religiosos, mulheres e quem puder ajudar", disse o parlamentar que destacou o sofrimento da família. 

 

Familiares não sabiam que Camilla sofria agressões

Mesmo ainda envoltos no luto, familiares de Camilla Abreu acompanham de perto a investigação do caso e defendem que o homicídio seja qualificado pelo feminicídio. O pai Jean Carlos disse que a família não sabia das agressões sofridas pela estudante. 

"Ela estava sendo coagida. Ele batia muito, espancava... só ficamos sabendo disso depois. Se tivéssemos sabido antes, isso não teria ocorrido. A gente ia tentar tirar ela de um jeito ou de outro. 

Carlito Abreu, avô de Camilla, ainda não consegue conter as lágrimas. Ele chora ao dizer que a neta era maltratada e não podia relatar as agressões.

"A família não sabia desse absurdo. Ele estava vivendo com ela na marra, era uma propriedade dele e não podia falar nada. Com certeza, minha neta era ameaçada para não falar. Ele sabia que, se a gente soubesse desses espancamentos, tiraria ela. Eu saía daqui com minha neta, fazia qualquer coisa pela  minha 'filha' amada. É sofrimento demais. Estou desesperado, não consigo entender. As autoridades devem enquadrar esse sujeito da maneira que ele merece", disse o avô bastante abalado. 

 

Entidades se unem para que o caso não fique impune

 

Graciane Sousa
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