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Margarete: "Estado não tem mãos o bastante para combater violência"

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A vice-governadora Margarete Coelho participou na tarde desta terça-feira (7) do ato realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra o feminícidio. Bastante emocionada, ela disse que o Estado está fazendo a sua parte, mas não tem mãos o bastante para o enfrentamento.

“Me sinto muito impotente. A gente não pode evitar, o Estado não tem mãos o bastante, mas a resposta que a gente pode dar é essa que a gente deu: ele está preso e o inquérito está sendo feito com o maior zelo. O governador hoje abriu decreto para expulsá-lo da PM. Agora é cuidar para que ele fique preso e não repita o que fez para que nenhuma mãe chore a perda de uma filha de forma tão violenta”, disse a vice-governadora se referindo ao caso Camilla Abreu.

Margarete aproveitou para pedir apoio da sociedade. Segundo ela, os índices voltaram a crescer. “Infelizmente o índice voltou a crescer. Temos que buscar todas as estratégias. Um Estado só não vai dar conta, temos que contar com a sociedade. A gente espera agora que poder judiciário julgue e condene para dar resposta à sociedade”, declarou.

Segundo ela, os assassinatos de mulheres costumam ocorrer nas noites de domingo, o que levou à criação de um plantão policial pensando nisso. 

“No Brasil o único estado brasileiro que tem todos os casos de estupro isolados e tratados é o Estado do Piauí  - é o único caso que conta feminicídio de forma isolada”, disse a gestora.

Participam do ato familiares da Camilla Abreu e Iarla Barbosa e autoridades do poder Legislativo e Executivo. A delegada Vilma Alves defendeu mais diálogo principalmente em eventos públicos. "Fazer mais manifestações, passeatas, encontros, para se falar, debater e não se intimidar. Não vamos nos calar. Me sinto indignada. Fiquei doente. Estamos no século XXI e com esses crimes perversos", disse.

A advogada Eduarda Mourão, presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, disse que a Ordem tem se mantido atenta em relação aos casos de violência contra a mulher. "A OAB tem se mantido atenta sempre aos relatórios, aos números, embora eles nos traiam muito, já que nem todos os órgãos do governo expõem. O Brasil  continua sendo o 5º país que mais mata mulher no mundo, e isso já nos envergonha e vê o Piauí saindo de uma posição crescendo o feminicídio, a luz vermelha acende. Por isso precisamos ouvir as instituições", afirmou.

Flash Rayldo Pereira
Hérlon Moraes (Da Redação)
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