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Pílula do dia seguinte não é 100% eficaz para combater gravidez indesejada

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A pílula do dia seguinte é uma pílula contracetiva de emergência. É composta por medicamentos que podem prevenir a gravidez indesejada quando tomada das primeiras horas até 3 dias (72 horas) após a relação sexual desprotegida. Mas não há nenhuma garantia de que a pílula funcione ainda que se saiba que a sua eficácia é maior quanto mais cedo ela for tomada. O índice de eficácia varia entre 52% a 94%, segundo a Organização Mundial de Saúde.


Como funciona a pílula do dia seguinte?
Existem dois tipos de pílula no mercado: uma cartela com apenas um comprimido de 1,5mg de levonorgestrel e outra com dois comprimidos de 0,75mg dessa substância. Naquela que tem duas doses, a primeira pílula deve ser tomada logo após o coito e a segunda, após 12 horas.

O levonorgestrel, que é um tipo de progesterona, ajuda a inibir ou retardar a ovulação, dificultando a passagem do espermatozóide e bloqueando a implantação do óvulo. Ou seja, o medicamento atua em duas frentes, quando não consegue impedir a ovulação e ocorre a fecundação, ele tenta impedir a nidação do zigoto através de alterações causadas à espessura do endométrio.

Entretanto, independentemente da dosagem, a pílula é uma "bomba hormonal", já que é um método de emergência, e não preventivo, como explica a ginecologista Felisbela Holanda, da Unifesp.


Existe o risco de engravidar tomando a pílula do dia seguinte?
Não há garantia de que pílula do dia seguinte funcione. Apesar de haver um alto índice de eficácia, o risco de ela não funcionar é de 5% se for tomada nas primeiras 24 horas após o ato sexual.

Isso é importante ressaltar pois a pílula não atua como método de prevenção e caso já tenha havido a formação do feto, a pílula do dia seguinte pode acarretar sérias consequências, como hemorragia e aborto, que são fatores de altíssimo risco para a vida da mulher.

O uso frequente diminui sua eficácia? Quanto?
De acordo com o ginecologista Marco Aurelio Pinho de Oliveira, os riscos de engravidar aumentam mais 5% a cada vez que se toma a pílula em um curto intervalo de tempo. O efeito porém não é cumulativo e sua eficácia volta a ser alta (máximo 95% de chance de não engravidar) alguns meses depois.


Efeitos colaterais da pílula
Dentre os demais efeitos da pílula, ela pode causar dores de cabeça e no corpo, náuseas, diarreia e vômito, além de alterar o fluxo hormonal da mulher, provocando sangramento, dores ou atrasos na menstruação. Mas isso não é nada se se pensar que os hormônios são tudo para a nossa saúde, eles regulam desde o nosso humor ao nosso metabolismo e a pílula, por ser uma bomba de hormônios, pode até engordar. 

O uso de tabaco e álcool com a pílula é muito perigoso, pois tais substâncias potencializam os níveis de estrogênio no organismo, um vasoconstritor que incrementa o risco de haver derrame (Acidente Vascular Cerebral) e trombose.

Além disso, o uso frequente e irresponsável da pílula do dia seguinte pode até causar infertilidade.

 

Efeitos colaterais da pílula associada ao anticoncepcional normal
Se a pílula do dia seguinte já é uma bomba de hormônios (uma contém a quantidade hormonal de 10 pílulas) imagina se tomada juntamente com a pílula anticoncepcional normal de cartela. Apesar de não haver estudos sobre isso, os seus efeitos colaterais podem ser maiores e mais intensos, diz o ginecologista Claudio Bonduki.


Fonte: GreenMe

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