Foto: Carlos Garcia Rawlins/REUTERS
Os chilenos começaram a votar neste domingo (19) para escolher entre oito candidatos o sucessor da presidente Michelle Bachelet e novos parlamentares (senadores, deputados e conselhos regionais), em uma eleição na qual parte como favorito o ex-presidente direitista Sebastián Piñera.
Cerca de 14,3 milhões de pessoas poderão execer seu voto voluntário. Os locais de votação foram abertos às 8h locais (9h de Brasília) até as 18h locais (19) para definir se voltam à direita com Piñera ou se mantêm a centro-esquerda no poder, decisão que deve ser tomada finalmente em uma segunda votação em 17 de dezembro, caso nenhum candidato consiga 50% + 1 da preferência dos eleitores neste domingo.
O governo do Chile promoveu uma campanha para estimular os cidadãos a comparecerem às urnas. A sede da presidência, o Palacio de la Moneda, foi iluminada com projeções que diziam: "não se subtraia, some-se. Vote neste domingo".
De acordo com a última pesquisa eleitoral do Centro de Estudos Públicos do Chile, Piñera aparece com 44,4% das intenções de voto, seguido pelo senador governista Alejandro Guillier, candidato da coalizão governamental Nueva Mayoría, com 19,7% das preferências.
Apesar da vantagem, a possibilidade de uma vitória de Piñera no primeiro turno é pequena, já que os votos estão fragmentados com oito candidatos na disputa. Além disso, a grande protagonista de domingo pode ser a elevada taxa de abstenção, como aconteceu nas últimas eleições municipais, com participação de apenas 36% dos eleitores.
Nos últimos anos, casos de financiamento irregular na direita e na esquerda minaram a confiança dos chilenos na política. A situação piorou depois que a nora de Bachelet foi processada por um caso de corrupção.
Além de Piñera e Guillier, também estão na disputa Beatriz Sánchez, candidata da estreante Frenta Ampla, o equivalente ao Podemos espanhol (8,5% das intenções de voto); o esquerdista Marco Enríquez-Ominami, que disputa pela terceira vez a presidência (4,6%); a socialdemocrata Carolina Goic, a segunda representante da coalizão de centro-esquerda governista (3,9%); o ultraconservador José Antonio Kast (2,7%); além de Alejandro Navarro (0,5%) e Eduardo Artés (0,1%).
Fonte: G1
