A vereadora Graça Amorim (PMB) chamou de 'artimanha' a antecipação da disputa para a presidência da Câmara Municipal de Teresina que resultou na reeleição de Jeová Alencar (PSDB) para o biênio 2018/2019. A situação teve consequências imediatas: o rompimento do prefeito Firmino Filho (PSDB) com o PMDB e exoneração de parte do secretariado.
"Não houve diálogo. Nunca tinha ocorrido uma eleição a revelia por parte dos vereadores. A gente esperava que o prefeito fosse comunicado até mesmo porque ele é do mesmo partido do presidente da Câmara. O 'modus operandi' da eleição teve o intuito de atingir o prefeito, a pretensão dele em se candidatar em 2018. Forças externas, com interesse na eleição de 2018, fizeram essa artimanha para atingir o prefeito que tomou uma atitude correta ao mostrar que está mais preocupado com a cidade do que com aliados que acham que têm poder, sobretudo o PMDB. A resposta do prefeito foi instantânea", desabafa a parlamentar.
Ela destaca que a maneira como o vereador Jeová Alencar foi reconduzido ao cargo trouxe instatisfação ao prefeito.
"A interferência externa foi o que mais magoou o prefeito. Não pela reeeleição de Jeová, que é do mesmo partido dele [prefeito], mas a forma como tudo foi articulado deixando de fora de qualquer conversação para a eleição da mesa diretora, inclusive eu, líder do prefeito na Câmara. Fomos pegos de surpresa por um requerimento propondo a eleição pós-feriado", acrescenta Graça Amorim.
Contudo, a vereadora ressalta que a situação não vai refletir na administração da cidade e na aprovação de projetos na Câmara Municipal.
"Acredito que não haverá retaliações na Câmara. A saída do PMDB é um rompimento administrativo. Na Câmara temos o vereador Luís Lobão, um peemedebista que sempre lutou com o prefeito e vai continuar lutando. Esse problema não deve refletir nos projetos de interesse da cidade. Não se pode misturar questões de interresses da cidade com interesses políticos", disse a vereadora.
Graciane Sousa
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