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População que se declara preta cresce 6,5% no Piauí em 4 anos, aponta IBGE

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Entre 2012 e 2016, o número de pessoas que se autodeclaram pretas aumentou 6,5% no Piauí. É o que revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa menos da metade da média nacional que revelou que 14,8% dos brasileiros passaram a se declarar pretos nos últimos quatro anos.

Segundo a pesquisa, em 2012, quando a população do Piauí era estimada em  3.171 milhões de pessoas, os pardos já representavam maioria com 71,4% do total, os brancos 21,4%,  e os pretos, 7,2%. 

Em 2016, a população saltou para 3.213 milhões de habitantes, e os pardos continuam sendo maioria, representando 71 % da população, mas já demonstrando uma sensível redução. Já o número de pessoas que se declararam brancos caiu para 21,2 % em 2016 e o número de pessoas que se consideram pretas aumentou para 7,6%.

A gerente da pesquisa, Maria Lucia Vieira, ressaltou que a redução dos brancos e aumento de pretos e pardos na população é uma tendência verificada ao longo do tempo. “Até o Censo Demográfico 2010, os brancos representavam mais da metade da população total e naquele ano, pretos e pardos ultrapassaram”, afirmou.

Segundo a pesquisadora, isso decorre de dois fatores principais: “Há a tendência da miscigenação, ou seja, que a população se misture e o grupo pardo cresça. E no caso do aumento da autodeclaração de pretos tem um fator a mais: o reconhecimento da população negra em relação à própria cor, que faz mais pessoas se identificarem como pretas”.

Nas perguntas sobre cor e raça das pesquisas do IBGE, o critério é a autodeclaração, ou seja, o entrevistado define em qual categoria irá se enquadrar. O manual da PNAD recomenda que o pesquisador peça para o entrevistado se encaixar em uma das cinco opções: branco, pardo, preto, amarelo ou indígena. “Às vezes existe confusão do morador em se enquadrar nas categorias, mas após as orientações é ele quem define sua cor e raça”, concluiu a pesquisadora.

Rayldo Pereira
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