Juiz Federal Márcio Braga lê manifesto em audiência na Assembleia Legislativa

O movimento "Sábados sem Aulas" publicou um manifesto que cobra mudanças nos cronogramas das escolas já para o ano de 2018. O movimento já foi alvo de debates na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa e é encabeçado pelo juiz federal Márcio Braga, que questiona a necessidade de aulas aos sábados para crianças do ensino fundamental.

"O manifesto é uma síntese dos nossos pleitos ao logo das movimentações. Estamos aguardando agora um encontro com os diretores para ouvir as escolas o que elas pensam sobre nossa ideia", defende Márcio Braga.

Uma audiência pública foi realizada na última terça-feira (21), na Câmara Municipal de Teresina (CMT), para discutir a extinção ou não das aulas aos sábados nas escolas particulares na capital piauiense.  O encontro foi proposto pelo vereador Caio Bucar (PSD). Para o vereador, a audiência teve um resultado positivo. “Acredito que toda essa discussão será bem positiva, pois muitas escolas já estão aceitando a possibilidade de não oferecer aulas nos finais de semana", pontuou. Já na quinta-feira o assunto foi tema de audiência na Assembleia Legislativa onde a carta manifesto foi lida para os parlamentares.

O magistrado afirma que a sociedade tem se engajado no propósito e espera que este ano letivo seja o último a ter aulas aos sábados na capital. Os pontos publicados no manifesto são:

 - Extinção das aulas aos sábados já no ano letivo de 2018, nos níveis fundamental e primeiro ano do ensino médio da rede privada de ensino, sendo as mesmas substituídas por atividades lúdias ou esportivas.

- Extinção ainda do fim da metodologia pedagógica de antecipação de conteúdo.

- Reanálise, até o ano letivo de 2019, da carga horária praticada, de modo a permitir sua melhor distribuição ao longo do ano e/ou adequação à idade do aluno, para que não se torne excessiva.

- Criação, a partir de 2018, de conselho escolar formado com representantes de pais, responsáveis e escola, destinado a traçar políticas pedagógicas para o melhor desenvolvimento social, familiar e educacional do aluno.

Rayldo Pereira
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