O promotor de Justiça João Mendes Benigno Filho, da 13ª promotoria criminal de Teresina, denunciou nesta terça-feira (5), o capitão da Política Militar, Allisson Wattson da Silva Nascimento, pela morte da estudante de Direito, Camilla Pereira de Abreu. Ele vai responder por três crimes na justiça criminal. São eles: feminicídio qualificado por motivo fútil (ocasionado por ciúmes) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima; ocultação de cadáver e fraude processual.

O corpo da estudante Camila Pereira Abreu, 21 anos, foi encontrado no povoado Mucuim, na zona rural de Teresina, no dia 31 de outubro deste ano. O capitão da PM, namorado de Camilla, levou a polícia até o local. A jovem havia desaparecido no dia 26. 

Segundo o promotor, a autoria do crime restou evidenciada nas informações prestadas por amigos e familiares e na confissão do capitão. Ele pede seu indiciamento e a notificação das testemunhas, que no total somam oito pessoas.

De acordo com o inquérito, no dia 25 de outubro o capitão pegou Camilla em casa por volta das 18h e a levou para a faculdade. Após o término da aula os dois foram a um bar no bairro Morada do Sol na companhia da amiga da estudante, Luana Regina de Sousa. Após saírem do estabelecimento, o PM deixou a amiga da namorada em casa e seguiu com Camilla para a sua casa. No caminho os dois teriam iniciado uma briga que terminou no tiro na cabeça que a matou.

Ainda segundo o inquérito, após o crime, o capitão seguiu ao povoado Mucuim para abandonar o corpo. No dia seguinte ele tentou apagar as provas lavando o carro e tentando vender o automóvel na cidade de Campo Maior.

Allisson Wattson está preso no presídio militar aguardando o resultado do processo administrativo que responde na PM.

Hérlon Moraes
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