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Barra do Corda: juiz decreta prisão do filho do ex-prefeito

O Juiz da 2º vara de Barra de Corda, Iran Kurban, aceitou pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil e decretou a prisão preventiva de Manoel Mariano de Sousa Filho, filho do ex-prefeito de Barra do Corda "Manoel Mariano de Souza, conhecido como "Nenzim".

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, a prisão temporária é regulamentada pela Lei 7.960/89, ocorre durante a fase de investigação do inquérito policial e possui prazo de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Já a prisão preventiva consta no terceiro capítulo do Código de Processo Penal, pode ser decretada em qualquer fase da investigação policial ou da ação penal, e não tem prazo pré-definido.

Mariano Filho estava preso preventivamente desde o dia 08 de dezembro, mas agora é está preso preventivamente após a decisão judicial desta segunda-feira (18), que já foi cumprida nesta terça-feira (19).

Segundo Lúcio Reis, Superintendente Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP), o pedido foi feito pela Delegacia de Homicídios e Delegacia de Barra do Corda baseado nas investigações que apontam Mariano Filho como principal suspeito da morte do pai.

"Surgiram vários indícios robustos que cabe o pedido de prisão preventiva. Para a polícia, não há mais dúvidas de que ele é o autor do crime contra o pai. Foram apresentadas oitivas, ouviram-se testemunhas, e também usamos imagens. Também apresentamos os resultados de laudos de perícias, como o laudo cadavérico e exame do veículo, além de depoimentos que apontam que ele teria forjado a primeira versão dele apresentada na delegacia de Barra do Corda", declarou Lúcio.

No início das investigações, o primeiro depoimento prestado por Mariano Filho indicavam que "Nenzim" havia saído do carro e teria sido surpreendido pela presença de dois homens em uma moto no momento do assassinato.

No dia 07 de dezembro, o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, declarou que as informações do primeiro depoimento eram falsas. De acordo com as investigações, no dia do crime o filho estava junto ao pai e não havia mais ninguém no local.

"Não houve confirmação de nada disso. O pai saiu com o filho em um carro. A parada para necessidade fisiológica não se confirma. Ele não desceu do veículo e recebeu o disparo dentro do veículo e veio a óbito", declarou o secretário.

Ainda de acordo com o Lúcio Reis, o inquérito do caso está próximo de ser concluído. "O inquérito deve ser concluído nos próximos dias e a partir de Janeiro é possível que façamos uma reconstituição do crime", informou o superintendente.

Entenda o caso
Manoel Mariano de Sousa, conhecido como Nenzim, foi assassinado com um tiro no pescoço, na manhã do dia 06 de dezembro, na zona rural de Barra do Corda. Ele foi encaminhado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e em seguida, transferido para um hospital no município de Presidente Dutra, mas acabou falecendo.

Segundo o secretário da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), logo após uma missa no velório do ex-prefeito, Mariano Júnior saiu e não foi para o cemitério acompanhar o enterro do pai. Além disso, após a morte de Mariano de Sousa o veículo em que Mariano Júnior e o pai estavam não seguiu direto para o hospital, o que torna o filho dele ainda mais suspeito.

Mariano Filho teve a prisão temporária decretada no dia 07 de dezembro e foi preso um dia depois e encaminhado a São Luís. Após decretada a prisão preventiva, Mariano Filho seguirá preso na Unidade Prisional de Ressocialização do Olho Dágua.

Fonte: G1

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