O ex-governador Freitas Neto (PSDB) acredita que a oposição esteja apática, enquanto já deveria estar apresentando nomes para disputa de 2018. Freitas Neto voltou a dizer que não é sua prioridade que saía candidato ao governo pelo partido, mas que seu nome continua a disposição. Além disso, o ex-governador defende que o PSDB no Estado defina o quanto antes uma posição, se será oposição ou governo. De acordo com ele, o posicionamento não está claro.

“A oposição não mostra a cara. Tem o governador que já está com três mandatos, não tem mais muito a acrescentar e deviríamos ter aí um ou dois candidatos defendendo o Piauí. A oposição está esperando muito que o PP saia do governo, o que é improvável. O PP tem autarquias, tem cargos, o governador Wellington Dias (PT) está afinado com o senador Ciro Nogueira. O deputados do PTB, penso que não vão deixar o governo. Também acho que a maior parte do PMDB não vai deixar o governo".

Freitas Neto ressalta que o PSDB precisa tomar a sua posição. “Temos o prefeito Firmino Filho (PSDB) que seria um grande nome, mas penso eu, pessoalmente, que ele não vai disputar, até porque ele tem as suas dificuldades de deixar a prefeitura e nós temos que reconhecer". 

De acordo com ele, a posição do partido não está clara quanto a ser governo ou oposição porque o grande nome do PSDB no Piauí, o prefeito Firmino Filho, que é a maior liderança do partido, deu o aval para a filiação ao PP de dois grandes nomes ligados ao seu, o da esposa Luci Silveira e do presidente da Fundação Municipal de Saúde, Sílvio Mendes. “Firmino só não será candidato ao governo pelo PSDB se não quiser. A sua esposa, que é uma política atuante e muito provavelmente será um nome muito bem votado e o Sílvio Mendes que é um grande líder do nosso partido, que fez uma grande administração aqui em Teresina, é uma pessoa muito forte. Eles saíram do PSDB para ir para o PP, com a anuência do prefeito. Então nós do PSDB ficamos assim sem entender bem isso". 

Para o ex-governador, é necessário que os partidos se organizem para apresentar logo outros nomes de oposição. “Agora tem que aparecer outros, por exemplo, o João Vicente é um grande nome, mas o que ele está esperando para se lançar. [...] Temos um candidato do governo definido. Ele pode ter seus defeitos administrativos, mas é um hábil político, ele sabe o que a classe política gosta e governa muito para os políticos. Então acho que não será uma eleição fácil, nem para oposição e nem para o governo”. 

O ex-gestor voltou a informar que seu nome está a disposição. “Eu quero deixar muito claro que não estou fazendo propaganda para ser candidato. Eu prefiro não ser, eu quero que apareça um nome. O que eu disse no passado é que fui procurado a cerca de um ano por um determinado grupo e insistiram muito e eu disse ‘está bem’. Eu vou colocar meu nome se não aparecer outro, mas não é a minha preferência. Eu sou um homem público realizado e agradecido pelo que já fiz. Agora se recaísse meu nome, tínhamos que verificar com o comando PSDB para saber qual é a linha do partido no Estado, se vai ser governo ou oposição”.

Para Freitas Neto, o PSDB nacional não tem mais dúvidas de que irá vai lançar como candidato a presidente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Ele acredita que a situação da sigla a nível nacional não tem influenciado nem vai vir a influenciar o pleito no Piauí. “O PSDB nacional na realidade é um partido muito paulista e não procura entender a realidade dos Estados. Ele deveria até já está dirimindo essa dúvida, nos Estados” 

Lyza Freitas
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