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IML armazena mais de 50 corpos acima da capacidade e tem falha na geladeira

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A funcionária pública Heloísa Helena Carvalho buscou notícias sobre o corpo de um trabalhador do sítio de sua família na última quarta-feira (20) no Instituto Médico Legal de Teresina e encontrou câmaras de refrigeração do local sem funcionar. 

Heloísa denuncia que por conta do problema na geladeira, os corpos que já chegam ao local em estado de decomposição, ficam em condição avançada de putrefação.  “As geladeiras não estavam funcionando e tinha um odor horrível. O corpo do funcionário do sítio da minha estava jogado, como se ele fosse um animal. É uma situação deplorável. Fica meu apelo às autoridades”, desabafa a funcionária pública. 

O diretor do Instituto Médico Legal, André Biondi, confirmou o problema ao Cidadeverde.com. Ele disse que, na semana passada, foi feito o reparo em uma das geladeiras que não estava funcionando e o problema foi normalizado. 

O diretor afirma, ainda, que o instituto está com excesso de cadáveres nas câmaras de refrigeração. Segundo André Biondi, há uma média entre 50 a 100 corpos excedentes no IML. Este número muda diariamente.

A superlotação é problema constante e se dá porque a maioria dos corpos está sem identificação ou ainda não foram reivindicados pelas famílias, de acordo com a direção do instituto. Atualmente o IML possui oito geladeiras. Uma câmara de refrigeração tem 12 gavetas, que comporta até três cadáveres cada. 

"Atualmente temos a capacidade para cerca 60 cadáveres com as atuais geladeira instaladas", afirma o diretor. 

“Nem sempre a saída desses cadáveres se dá na rapidez que desejamos. Seja pela identificação ou porque a família não aparece. Neste caso, os corpos deveriam ser enterrados como indigentes através do serviço de assistência social das prefeituras, que não têm recolhido os cadáveres com a rapidez que a gente queria”, acrescenta a direção do IML. 

A prefeitura de Teresina informou que a legislação municipal prevê que o municipio é obrigado a arcar com as despesas funerárias de pessoas que se enquadram no Cadastro Único de programas sociais e que este serviço está funcionando normalmente para essas pessoas. 

 

Izabella Pimentel
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