Cidadeverde.com

Enxaqueca: Falta de vitamina D e produção de substâncias inflamatórias geram a crise

Imprimir

Dor de cabeça ou cefaleia, termo técnico utilizado pelos médicos, é um sintoma tão frequente na população geral que se estima pelo menos uma crise de dor ao longo da vida para mais de 90% dos habitantes no planeta. E dentre as cefaleias mais comuns, aquela que mais leva o paciente a procurar auxílio médico é, sem dúvidas, a enxaqueca. E o que acontece com o nosso corpo durante a enxaqueca?

Primeiramente, enxaqueca é uma síndrome neurológica caracterizada por diferentes sinais e sintomas. Ocorre em indivíduos predispostos geneticamente, em particular, mulheres. Assim, existe uma relação estreita com as flutuações hormonais que ocorrem no período menstrual. Fatores ambientais como estresse, determinados alimentos (queijos amarelos, embutidos, chocolate) e privação de sono são outros fatores que, em pessoas suscetíveis, desencadeiam as crises de dor. Normalmente, uma enxaqueca clássica se inicia com sintomas visuais (como pequenos "vaga-lumes" que antecedem a dor), seguindo-se de uma forte cefaleia pulsátil, em apenas um lado da cabeça, com duração de até dias, piorando quando a pessoa faz exercícios e podendo vir associada a diminuição do limiar para estímulos luminosos e auditivos. Náuseas e vômitos também podem ocorrer.

Durante o episódio de dor, diversas regiões do cérebro estão funcionando anormalmente e o produto disto é a liberação no cérebro de mediadores inflamatórios, como citocinas e substância P. Outro dado interessante e que vem crescendo de importância é o papel da vitamina D, normalmente baixa em indivíduos com enxaqueca crônica. A vitamina D é um hormônio neuroprotetor que também tem ação anti-inflamatória.

No caso da "aura" enxaquecosa, definida como fenômenos visuais que antecedem a crise (pontos luminosos, apagamento de um campo visual, etc), elas geralmente acontecem por conta de uma onda de depressão alastrante, uma alteração elétrica no cérebro que tem origem em regiões posteriores e progride para regiões anteriores da cabeça. A aura é um sintoma de origem cortical que ocorre em 20% dos indivíduos com enxaqueca.

Assim, enxaqueca é uma síndrome com etiologia razoavelmente bem definida, fatores desencadeantes conhecidos e tratamento disponível. Na suspeita de enxaqueca, principalmente formas crônicas, é fundamental procurar o médico para um correto diagnóstico e manejo específico.

 

Fonte: Minha Vida

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais