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A preocupação excessiva com a própria pessoa é egoísmo, doença emocional

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Muita gente não se dá conta de que essa preocupação é egoísmo, porque se trata de um tipo de egoísmo que é traiçoeiro, sutil, geralmente difícil de ser reconhecido. Quando se pensa em egoísmo, é comum logo vir à mente aquele tipo que é óbvio, reconhecível, por meio do qual a pessoa tudo faz para que a sua vontade sempre prevaleça, não se incomodando de passar por cima dos outros na ânsia de ver os seus próprios desejos realizados, além de fazer-lhes exigências absurdas. Esse tipo de egoísmo é muito fácil de ser reconhecido, de modo que as demais pessoas podem até se precaver contra quem o manifesta.

O tipo realmente destruidor de egoísmo, entretanto, aquele que frequentemente passa desapercebido à própria pessoa doente ou às pessoas com as quais ela se relaciona, é a sua extrema preocupação consigo mesma em tudo que diz respeito à sua saúde, estado de ânimo, sentimentos, conforto, interesses, etc. Em geral, ela não admite que isso seja egoísmo. Chega até mesmo a exclamar: “Mas eu não prejudico ninguém. Não faço questão de nada, não me aproveito de ninguém. Até que sou uma pessoa acanhada, retraída. sofro em silêncio”. Embora isso possa ser verdade no que se refere a ações óbvias, sua preocupação excessiva consigo mesma, chegando à exclusão de tudo mais, outra coisa não é senão puro egoísmo. ” Até que sou uma pessoa acanhada, retraída. Sofro em silêncio”; são afirmações inteiramente voltadas para si mesma e , portanto egoísticas.

A pessoa doente está sempre demasiadamente preocupada com o que possa estar sentindo e coisas semelhantes. No que diz respeito, o mundo bem que poderia ir para o inferno. Ela só se interessa mesmo pelo que esteja sentindo, por aquilo que deseja, pelo que consegue obter para si mesma, pela maneira como é tratada pelas outras pessoas, pelas vantagens que possa levar. Estamos certos disso, pois nós éramos assim mesmo, como assim são todas as pessoas emocionalmente doentes. Se nada mais podemos provar, isso certamente nós conseguimos provar. Conseguimos provar também que o egoísmo torna as pessoas doentes, e que sua eliminação as recupera.

Quando uma pessoa pensa ou fala unicamente a respeito de si mesma, ela está sendo egoísta no mais alto grau. Preste atenção no que diz respeito a pessoa emocionalmente doente: “Não me sinto nada bem; não posso ir trabalhar hoje. Estou com depressão. Não dormi bem a noite passada. Estou com dor de cabeça. Meu estômago está todo embrulhado. O Cansaço me domina. Aquele barulho está demais. Não gosto de João ( ou Maria, Jaime, ect). Estou com muito calor ( ou frio)”, e por ai afora. 

Quando Ingressam em N/A as pessoas quase sempre negam que sejam egoístas, porque imaginam tratar-se daquela espécie tão comum e tão perceptível de egoísmo. Porém, quando compreendem que se trata, ao contrário do tipo que é oculto, sutil, traiçoeiro, devastador, de que estamos falando aqui, elas geralmente logo se sentem aliviadas e se decidem a praticar o programa.

Assim sendo, se você se preocupa em demasia com a sua própria pessoa, muito embora seja possível que jamais tenha se aproveitado de alguém em negócios ou no jogo, jamais tenha procurado obter coisas materiais de que não seja merecedor, ou feito quaisquer outras coisas clara e reconhecidamente egoísticas, temos algo a lhe dizer: Você é uma pessoa egoísta.

Essa preocupação é de fato a mais desprezível forma de egoísmo. Sendo “oculta”, os outros dificilmente  a reconhecem, e a pessoa doente pode então deles se aproveitar sem que o percebam. É de se notar a compaixão que o doente  consegue quando se queixa: Não me sinto bem, estou deprimido”. Isso, sem dúvida nenhuma é abusar das outras pessoas e interferir indevidamente em seu bem estar. 

 

Fonte: Neuróticos Anônimos

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