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PSL entra com mandado de segurança para suspender eleição da Câmara de Teresina

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A novela em torno da polêmica eleição fora de época da Câmara dos Vereadores de Teresina ganhou mais um capítulo: o PSL entrou com um mandado de segurança pedindo a suspensão do pleito que reelegeu Jeová Alencar (PSDB). O partido alega que a Casa não cumpriu o critério da proporcionalidade e da  reserva de 30% dos assentos na mesa diretora para as mulheres.

“Nessa nova composição da Câmara o PSL ficou fora do processo. A Câmara de Vereadores é a casa que cria leis para que o povo cumpra. A lei do regimento interno não foi cumprida quando deixaram a regra da proporcionalidade e os 30% das mulheres”, disse o presidente do partido, Sérgio Bandeira, em entrevista à TV Cidade Verde.

O mandado de segurança com pedido de medida liminar sugere que seja convocada uma nova eleição e que o regimento seja cumprido. “O presidente está eleito até dezembro. Não temos problema com isso. Queremos a convocação de uma nova eleição e que não prejudique o PSL. Nós temos dois vereadores e tem partido que só tem um vereador e está na mesa. Tem que cumprir a proporcionalidade”, declarou.

Bandeira ressaltou que o problema foi gerado por uma simples falta de cuidado e garantiu que a bancada do partido está unida. “Esse problema foi gerado por falta de cuidado. Queremos que seja feita justiça e que a Câmara cumpra a lei. O PSL é um partido unido. Acho que o que aconteceu foi um descuido e passou despercebido”, finalizou.

Foto: Wilson Filho

Entenda

A Câmara de Teresina decidiu em sessão plenária eleger a nova mesa diretora em eleição antecipada no mês de novembro do ano passado, 13 meses antes do período regimental. 17 vereadores estavam presentes e votaram a favor da eleição da mesa diretora. 12 vereadores se ausentaram. O atual presidente Jeová Alencar (PSDB) foi reeleito para continuar à frente do Poder Legislativo Municipal no biênio 2019/2020.

A eleição desagradou o prefeito de Teresina, Firmino Filho, que na época estava em agenda fora do país e chegou a pedir a base aliada que não participasse do pleito. Com Jeová reeleito, o Palácio da Cidade iniciou uma ofensiva em retaliação aos que “contrariaram” o Executivo e o prefeito terminou por romper com o PMDB, que ocupa o cargo de vice. Daí em diante tiveram início as trocas de farpas entre o prefeito e o presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho, acusado por Firmino de tentar intervir nos trabalhos do legislativo municipal.

Hérlon Moraes
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