O ex-ministro da Saúde, Agenor Álvares, está em Teresina para avaliar o Sistema Único de Saúde (SUS) que completa 22 anos de funcionamento na Capital. Ele, juntamente com representantes da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e Fundação Municipal de Saúde (FMS, montaram um grupo de trabalho para melhorar o atendimento a população.
"Viemos conhecer um pouco mais da Saúde em Teresina. Estamos avaliando indicadores tanto de Saúde como de atendimento, de assistência, mortalidade e indicadores gerais, bem como de gestão. A finalidade disso é conhecer a situação que existe hoje, atuar nas situações que mereçam correções e sugerir correções para melhorar o acesso da população", disse Agenor Álvares, que também é assessor da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na Capital, o financiamento do SUS é considerado um 'gargalo'. A prefeitura de Teresina gasta cerca de 30% da receita para financiar a Saúde. Para o ex-ministro, o financiamento da Saúde deve ser majoritariamente de responsabilidade do Estado. Por outro lado, Agenor Álvares destaca que "a boa gestão não depende só do financiamento; nem o financiamento só da boa gestão", frisa.
O presidente da FMS, Sílvio Mendes, ressalta que a Opas e a Fiocruz são instituições reconhecidas internacionalmente por seu conhecimento, prestígio e atuação como auxiliares na gestão e nas políticas públicas de saúde.
"O grupo vai atuar nos próximos meses identificando os indicadores de Teresina, a evolução da gestão, a expansão da oferta de serviço e as necessidades atuais da população. O resultado deste trabalho será o aperfeiçoamento dessa gestão em todos os seus aspectos: prevenção, promoção e na assistência à saúde da população de Teresina, que também atende municípios do Piauí, Maranhão e Norte do Brasil”, destacou Silvio Mendes.
Graciane Sousa
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