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Sabatina da Agrespi na Assembleia vai parar no Ministério Público

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Genival Sales novo presidente da Agespisa

O plenário da Assembleia Legislativa do Estado realizou sabatina conjunta para confirmar a nomeação do presidente da Agespisa e do  trio diretor da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Piauí (Agrespi). Em votação secreta, os deputados aprovaram os nomes indicados pelo governador Wellington Dias.
 
Na Agespisa, o vereador de Piripiri  Genival Sales, foi aprovado para o cargo com 25 votos a favor, dois brancos e um nulo.  No caso da Agrespi, o  trio formado por Emanoel Bonfim, José Noronha e José Willian recebeu 24 votos favoráveis, dois contras, dois bancos e um nulo.  

A sabatina representa a primeira grande vitória do governador Wellington Dias na Assembleia em 2018. Com a votação expressiva, ele mostra que a base permanece unida e que dificilmente terá dificuldades para aprovar os projetos de interesse do Palácio de Karnak. Em ano de eleição, é fundamental manter a base unida.  

Licenciado do cargo de vereador para assumir o cargo de presidente da Agespisa, Genival falou da crise financeira que a empresa enfrenta. “Tivemos 24 votos a favor, temos o conhecimento profundo da Agespisa e vamos tentar com todos os funcionários, unidos, com o mesmo objetivo, fazer um trabalho voltado para a sociedade piauiense como todo. Água é vida e nosso povo precisa que se tenha água com qualidade”, destacou.

Genival assume a Agespisa no momento em que a empresa passa por grave crise financeira. O rombo chega a quase R$ 1 bilhão. A empresa deixou de operar em Teresina, mas ainda é responsável pelo abastecimento de água nos municípios do interior. 

“Sabemos dos desafios e é por isso que aceitamos assumir esse cargo. Com apoio do governador Wellington Dias (PT), do sindicato, da associação, da sociedade civil, dos funcionários, todos unidos em um só objetivo, vamos ter uma empresa de qualidade”, comentou.

Emanoel Bonfim da Agência Reguladora

Na Agrespi, Manoel Bonfim  irá comandar o processo de regularização de atividades que fazem partes das Parcerias Público Privadas. “A Agrespi está na lei e vai regular os serviços delegados do Piauí em áreas como o saneamento, transporte, energia e gás. Todos esses serviços carecem dessa regulamentação. Isso estabelece qualificação melhor para o mercado. O Piauí é o grande celeiro de parcerias público-privadas”, declarou. 

Atualizada em 12h30

A oposição ao governo de Wellington Dias (PT) tenta barra a criação da Agência Reguladora do Piauí (Agrespi). Durante a sabatina que irá aprovar ou não o trio de diretor que irá presidir a Agência, o deputado Gustavo Neiva(PSB) chegou a pedir a suspensão da sabatina.                                 

O pedido do deputado causou tensão no plenário. Segundo Gustavo, a Agrespi não poderia ser criada porque a lei foi aprovada em período que o Estado já havia ultrapassado o Limite Prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.                                       
"Em Outubro, quando a lei foi aprovada o Estado já estava acima do Limite Prudencial. Se não pode conceder reajuste aos professores por isso, também não pode criar cargos comissionados nessa comissão", disse.           

       

O deputado João Madison (MDB) saiu em defesa do governo. Segundo ele, o argumento da oposição não se sustenta. Ele diz que um aumento para os professores têm um impacto muito maior que a criação da Agrespi.           

"O impacto do reajuste dos professores é muito grande. Mas o governo vai compensar de outra forma. O reajuste não poderá ser no salário, mas em outra gratificação. A oposição não pode agir como se o governo não valorizasse os professores. Isso não é verdade", comentou.

Sem sucesso para barrar a sabatina, a oposição vai levar o caso para o Ministério Público. "Vamos recorrer ao Ministério Público porque essa Agência foi criada de forma ilegal. Recorremos à sensibilidade do Ministério", afirmou.

Lídia Brito
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