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Permissionários reclamam de goteiras em galpão da Ceasa e aumento de taxa

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Goteiras no galpão central da Nova Ceasa têm deixado os permissionários apavorados a cada chuva forte que ocorre em Teresina. Eles relatam que depois que foram colocadas telhas transparentes para melhorar a iluminação do local, no período chuvoso foi detectado algumas falhas. Os comerciantes também reclamam do aumento da taxa de locação dos boxes e módulos que passou de R$ 12,50 para R$ 30 o metro quadrado e consideraram um aumento abusivo. 

A comerciante Marinalva Meneses disse que já perdeu três calculadoras, o carregador de uma balança, cadernos de anotações além de verduras por causa da goteira que tem em sua do seu balcão. 

“Eu já relatei ao encarregado, ao fiscal, mas ninguém toma providência. Assim não tem condição de trabalhar debaixo d’água desse jeito. Toda vez que vejo uma chuva forte é um Deus nos acuda”, afirma dona Marinalva, que disse que paga semanalmente R$ 285 pela taxa de locação do módulo (ou pedra como é chamado pelos permissionários), antes o valor era de R$ 187. 

O aumento da taxa aconteceu antes de completar um ano de concessão. Os permissionários reclamam que o metro quadrado saiu de R$ 12,50 para R$ 30. Sendo que ainda nas reuniões com a Superintendência de Parcerias e Concessões do Piauí (Suparc), foi informado que o valor seria reajustado para R$ 16,50 com apenas dois anos de concessão, com o plano de ação se tivesse cumprido e com a obra de expansão do local.

“Em todas as reuniões, pré-licitação, nas audiências públicas e pré-edital a Viviane Moura disse que subiria para R$ 16,50 com dois anos de contrato. Mas, não completou nenhum ano ainda, só fez uma limpeza, uma coisinha de trânsito aqui e outra, não tem nem previsão para começar a obra de expansão e aumentou o metro quadrado para R$ 30”, disse outro permissionário que não quis se identificar.

Apesar de vir com os descontos, os permissionários reclamam que não conseguem pagar com esse valor do desconto

Outro lado

A Nova Ceasa informou que as reformas estão ocorrendo de forma gradativa e que as falhas estão sendo corrigidas. Sobre a cobrança das taxas, a direção ressalta que elas foram  discutidas ainda no início dos estudos da concessão. 

A Central de Abastecimento do Piauí conta com mais de 800 permissionários atualmente.

Veja nota na íntegra:

A direção da Nova Ceasa informa que existem onze galpões de comercialização no mercado, todos eles com estruturas antigas e que vêm sendo reformados gradativamente. Com a chegada do período chuvoso, é natural que apareçam problemas nas estruturas, mas que as mesmas estão sendo corrigidas diariamente. 

Com relação a cobrança de taxas, a direção informa que elas fazem parte do plano de negócios, discutidos desde o início dos estudos da Parceria Pública-Privada na Central de Abastecimento, em 2016, e apresentadas várias vezes aos lojistas em audiências públicas, com a presença, inclusive, das associações que representam os interesses dos comerciantes do local. 
 
A Nova Ceasa vem sendo administrada pela iniciativa privada há nove meses e, neste período, foram investidos cerca de R$ 6 milhões em reforma, operação e modernização do entreposto. Os banheiros foram reformados, assim como a sede administrativa, galpões, parada de ônibus e toda rede hidráulica e elétrica do local. O entreposto recebeu 4.000 m² de calçamento novo, 6.000 m² de asfaltamento, além de quatro novos estacionamentos - gerando mais de 650 novas vagas para veículos no mercado, sem falar do reforço na limpeza e segurança. Ainda este ano, a concessionária que administra o mercado dará início às obras de expansão da central piauiense. Ao longo da concessão de 30 anos, será investido no equipamento aproximadamente R$ 84 milhões.

 

 

Caroline Oliveira
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