Cidadeverde.com

Ato em Teresina pede por justiça e investigação da morte de Marielle Franco

Imprimir
  • protesto1.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • margo6.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • margo5.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • margo4.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • margo3.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • margo2.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • 702fd7c2-60c0-423c-9c1c-98907a1df36e_(1).jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • 32e8236d-17bb-4c95-8ec4-b90bc6cabb53_(1).jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • 4b3fcef0-f112-4d5b-ac57-3450baf75133.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • 8d8ed0d3-574c-47fe-b6b9-b53d6788118b.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • 5ccefdd9-6d8b-4a6e-a948-d84fa6140e1e1.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • foto.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • 7106366f-8b64-42f1-a5ae-a1acb0338680.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • 5ccefdd9-6d8b-4a6e-a948-d84fa6140e1e.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • bf480159-94cc-4d8e-8f48-038c8668accc.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • bc9606e5-5818-4851-85d7-02a456a744aa.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • bd317c84-97b0-4d0e-b0c1-9f4fbebbe151.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima
  • f17046b1-3cbc-45f5-8208-6d359be99f5f.jpg Alvaro Dias, Mariana Arraes e Glaudson Lima

Teresina é uma das cidades que realiza, nesta quinta-feira (15), um ato pedindo por justiça no caso do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e do motorista Anderson Gomes. Na capital piauiense, a manifestação acontece no Memorial Esperança Garcia, na Avenida Miguel Rosa.

O ato conta com a presença de centenas de pessoas. A vice-governadora do Estado, Margarete Coelho (Progressista) e a vereadora Teresa Britto (PV) estão presente. A secretária Estadual de Mulheres do Psol, Letícia Lima, também paticipa da manifestação. 

"A gente convocou essa manifestação justamente para se solidariezar com o que aconteceu com a Marielle no Rio de Janeiro. Essa é uma perda não só para o Psol, mas de toda a sociedade porque a gente perde uma mulher negra, que lutava pelos Direitos Humanos, em especial pelo respeito aos Direitos Humanos das pessoas negras das favelas, das mulheres negras", disse Letícia Lima. 

"É muito importante que seja lembrado e que seja cobrado a investigação, a apuração dos fatos para que não escape impunimente. Nós sabemos que agora é o momento de bastante tristeza, de desesperança, mas a gente tem que fazer do luto a luta. É transformar a nossa dor em luta", acrescentou a secretária.

Letícia Lima alertou que de 2017 até agora em 2018, 20 defensores dos Direitos Humanos foram mortos no país.  "Isso diz muito sobre a real democracia que nós vivemos. A própria intervenção militar piora muito o cenário de Direitos Humanos do Rio de Janeiro, em especial ao pessoal da periferia, da favela, as pessoas negras", ressaltou. 

Para Margarete Coelho a morte de Marielle Franco é uma perda "terrível", principalmente para o movimento de mulheres e para a política. Segundo ela seu sentimento é de "extrema indignação". 

"Eu não sei de fato o que levou a esse assassinato brutal da Marielle, mas eu sei que o fato dela ser mulher, dela ser negra, dela ser da periferia, de estar num lugar que as elites sempre estiveram com certeza agravaram a exposição dela".

"Perdem todas as mulheres. É uma a menos e uma a menos diminui a todos nós. Diminui a nossa luta, diminui essa participação política da mulher. Nós ainda não fomos admitidas nesse vagão de primeira classe que são os direitos políticos plenos no Brasil, ainda somos destinadas a um vagão de segunda classe. Quando uma de nós chega a primeira classe, ela é vilipendiada, ela é agredida, ela é espezinhada".

Margarete Coelho. Foto: Tatiana Maria

Assassinatos 

A vereadora Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio, por volta das 21h30 de quarta-feira (14). Além da vereadora, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. 

“Esse ato faz parte de uma denúncia que o movimento organizado está fazendo contra o que aconteceu com a Marielle. A denúncia que está sendo feita é que essa morte é a morte da população negra, da periferia, da favela, que ela representava, denunciado como o braço armado do Estado age com o povo pobre e negro; denunciando a violência do Estado por meio da polícia. Ela foi executada. E o movimento cobra que o crime seja investigado e os culpados identificados e presos. Que a Justiça seja feita”, declarou Patrícia Andrade, integrante do CSP Conlutas, que participa da manifestação. 


Marielle Franco, vereadora do PSOL, na Câmara do Rio em foto de 2017 (Foto: Renan Olaz/Câmara do Rio)

Os corpos da vereadora e do motorista foram enterrados por volta das 18h sob forte emoção de amigos e de familiares. O corpo de Marielle chegou por volta das 17h30 ao Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária. Já o corpo do motorista Anderson Gomes, foi enterrado no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte. Os cortejos aconteceram no mesmo horário.

A Polícia Civil do Rio acredita que os assassinos seguiram a vereadora Marielle Franco (PSOL) desde o momento em que ela saiu do evento onde estava na Lapa, no Centro do Rio, na noite desta quarta-feira (14). Ela pode ter sido perseguida por cerca de quatro quilômetros. 

Primeiras informações obtidas pelo governo apontariam a hipótese de envolvimento de milícias no atentado. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios é execução.

Na Câmara do Rio, a vereadora fazia parte do grupo de quatro relatores de uma comissão criada em fevereiro para monitorar os trabalhos da intervenção federal na segurança pública do Estado.

 

 

"Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?"

Uma dia antes de ser assassinada, Marielle reclamou da violência na cidade, no Twitter. No post, ela questionou a ação da Polícia Militar.

"Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?"


Manifestação em Teresina (Foto: Glaudson Lima Gomes)

Trajetória de Marielle Franco

Marielle tinha 38 anos e se apresentava como "cria da Maré". Ela foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016, com 46.502 votos em sua primeira disputa eleitoral.

Socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), teve dissertação de mestrado com o tema “UPP: a redução da favela a três letras”. Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo.

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 
Com informações do G1 

 

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais