Atualizada às 9h13 - 22/03/18
Agentes penitenciários denunciaram nesta terça-feira (20) que as deliberações da assembleia da categoria, realizada durante a manhã, não respeitaram a vontade da maioria dos presentes na sede do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi). Entre elas está um indicativo de greve.
Segundo os agentes, após a deliberação e alegando que não colocaria o tema em pauta a diretoria do sindicato teria manobrado para uma nova votação após a saída dos presentes da assembleia, o que gerou indignação na classe.
“O presidente do sindicato disse que não ia ter a votação, aí a maioria do pessoal foi embora. Depois disso ele botou em pauta”, disse o agente penitenciário José de Melo, lotado na penitenciária de São Raimundo Nonato.
Segundo Melo, vários agentes pediram a recontagem dos votos. Sugerimos dividir as pessoas por grupo de um modo que a contagem pudesse ser visível, mas a diretoria do sindicato não aceitou e deram por encerrada a votação”, relatou.
De acordo com o grupo de agentes, o funcionamento dos presídios deve continuar normalmente tendo em vista que a maioria da categoria não votou no pleito de adesão ao indicativo de paralisação.
Sinpoljuspi
A direção do Sinpoljuspi esclareceu que "a interferência do Estado, por meio da Secretaria de Justiça, de deliberar para o indicativo de greve, é público e notário o ranço do secretário para com a classe e que conseguiu coaptar alguns que atuam como comissionados e manipulou a consciência desse povo. E nós lamentamos esse fato. O secretario de Justiça só tem uma finalidade: destruir a categoria dos agentes penitenciários".
O Sinpoljuspi destacou ainda que a Sejus disponibilizou carros alugados para levar alguns agentes penitenciários até a assembleia da categoria com a finalidade de "que não fosse aprovado nada em referência a grave ou indicativa de greve"
"Mas houve uma falha por parte deles porque a assembleia não estava discutindo greve. Estava sendo deliberado os rumos a tomar caso o Governo do Estado não atenda as demandas da categoria. Infelizmente, a estrutura do Estado foi usada para fins particulares, o que seria improbidade administrativa. Alguns agentes não esperam o fim da assembleia e só pode votar quem é filiado. Lamentamos essa parte da categoria ter ido a público com essas declarações", ressaltou o presidente do sindicato, José Roberto.
Da Redação
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