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Advocacia piauiense lança petição por igualdade de gênero na Ordem

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A advocacia piauiense deu o pontapé inicial ao movimento “Iguala OAB”, com o lançamento do site www.igualaoab.com.br, nesta quartta-feira (21). A iniciativa, encabeçada pelas advogadas Geórgia Nunes e Andréia Araújo, busca reunir, através de uma petição eletrônica, assinaturas para exigir igualdade de gênero nas composições das chapas que irão concorrer nas eleições da OAB Piauí, que ocorrerão em novembro deste ano.

De acordo com a advogada Geórgia Nunes, o movimento “Iguala OAB” é uma forma de chamar a atenção da sociedade para a baixa representatividade feminina nos cargos decisórios e nos espaços que lhe são de direito.

“Esta noite consagra o lançamento do movimento "Iguala OAB” e reforça a necessidade de engajamento entre homens e mulheres para alcançarmos a igualdade que defendemos. Queremos chamar atenção para a baixa representatividade das mulheres e que todos e todas possam dizer que querem uma OAB igualitária, inclusiva e democrática. No momento oportuno, quando acontecerão os registros de chapa, certamente teremos uma realidade diferente. Queremos mostrar para as mulheres que esse espaço é delas também e que a Ordem será melhor gerida quando tivermos homens e mulheres ocupando os espaços de maneira equilibrada", diz Georgia Nunes.

No evento de lançamento, dezenas de advogados e advogadas manifestaram seu apoio ao projeto, que tem como uma de suas metas superar o tratamento desigual em relação às mulheres e desconstruir as barreiras que dificultam as advogadas achegarem aos mais altos patamares da carreira, inclusive aos cargos decisivos da Ordem, combatendo o discurso de que mulheres não se interessam por política.

“Precisamos acabar com esse discurso de que ‘mulher não vota em mulher’, de que somos desunidas, isso não é verdade. A verdade é que mulheres não têm mulheres para votar. Esse movimento é nosso, de homens e mulheres. Temos que tirar esse filtro que estamos olhando para a sociedade de achar que as mulheres já chegaram, que as mulheres já conquistaram e que não se discrimina a mulher, pois, agindo assim, você está abrindo mão de lutar pela liberdade, você está abrindo mão de lutar pela democracia. Essa luta não é só das mulheres, é de todos”, destaca a advogada e vice-governadora Margarete Coelho.

Para a secretária geral adjunta da OAB-PI, Élida Fabrícia Franklin, a luta que está sendo abraçada pelos direitos de igualdade de gênero é uma dívida com as gerações passadas e um compromisso com o futuro.  “Que nós possamos lembrar e acreditar que o que nós estamos fazendo hoje é uma dívida e uma responsabilidade. Dívida com as mulheres do passado, que precisaram dar a vida para que hoje nós tivéssemos direito à fala. E nossa responsabilidade é que, em poucos anos, as nossas filhas não precisem passar pelas mesmas tormentas que nós passamos hoje”, diz.

De acordo com Andréia Araújo, as atividades do movimento irão acontecer até o mês de novembro e já tem recebido manifestações de advogadas de outros estados brasileiros. “Hoje é só o começo. É o lançamento de um grande movimento que vai alcançar todas as esferas da nossa sociedade, não só no Piauí, mas no Brasil inteiro. A começar pela OAB, que é a casa da democracia. Se nossa instituição defende a democracia temos que começar por ela, a igualdade, incluindo homens e mulheres em pé de igualdade e em todo o país”, conclui a advogada.

 

Da Redação

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