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Girafa de 7 anos morre no Zoológico de Brasília

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Foto: TV Globo/ Reprodução

A girafa Yvelise, do Zoológico de Brasília, morreu aos 7 anos na noite deste sábado (24) durante uma cirurgia veterinária. Segundo a instituição, a causa foi um distúrbio intestinal que provocou a torção do órgão e a necrose das células. O tempo médio de vida das girafas é de 15 a 20 anos.

"Diante do quadro de debilitação, ela não suportou ao procedimento", explicou o diretor-presidente do Zoo, Gerson Norberto. "Mas era algo de emergência que tínhamos que fazer. Era isso ou ficar de braços cruzados."

Os sinais de saúde debilitada foram identificados na última quarta-feira (21), quando a girafa não se alimentou bem e foi descrita pelos tratadores como "apática". Agora, a mãe de Yvelise, Iasa, fica sozinha no espaço das girafas. Ela tem 14 anos e está bem de saúde, segundo Norberto.

A morte da Yvelise foi considerada uma fatalidade pela equipe veterinária do Zoo, que explicou que mamíferos ruminantes estão sujeitos a este tipo alteração no sistema digestório. "Muitas vezes, [a ocorrência] não permite tempo para uma intervenção" capaz de reverter o quadro de saúde do animal.

Em dezembro de 2011, o Zoológico lidou com a morte de outra girafa – Leo, de 13 anos, foi encontrado morto pelos tratadores. Na época, os veterinários informaram que os órgãos do animal estavam em bom estado. Sete anos depois, foi um elefente que morreu (relembre o caso abaixo).

O Zoológico informou que "não mediu esforços para prover o melhor atendimento a Yvelise" e que toda a equipe técnica deslocada para atender a girafa permaneceu em regime de plantão 24 horas desde quando o animal foi identificado com "comportamento estranho".

A instituição disse, ainda, que Yvelise será taxidermizada, ou seja, passará por procedimentos de preservação da pele, dos pelos e de toda a estrutura externa para ser reproduzida em exibição ou estudo.

O que ocorreu com Yvelise?

O Zoológico explicou que a causa de tudo foi um "fecaloma na ampola retal" – uma massa volumosa e rígida de matéria fecal desidratada que fica parada na parte final do reto.

Essa barreira foi o que provocou a distensão do cólon (parte central do intestino grosso), a torção do intestino e a consequente necrose. Tudo isso só pode ser verificado durante a necrópsia, procedimento que ocorre após o atestado de óbito.

Materiais coletados foram encaminhados para análises laboratoriais e histopatológicas – a fim de compreender como uma doença pode afetar um conjunto de células. E o material genético também foi recolhido para o banco de germoplasma do Zoológico, que conserva o DNA para uso imediato ou futuro em pesquisas.

Foto: Nilson Carvalho/Agência Brasília/Divulgação

 

Na quinta-feira (22), um dia após Yvelise ser descrita como "apática" pelos tratadores, ela foi submetida a exames de sangue, urina e fezes e diagnosticada com "quadro sugestivo de obstrução do trato gastrointestinal". O tratamento, segundo o Zoológico, foi iniciado no mesmo dia.

A cirurgia foi realizada na sexta-feira (23) após reunião técnica dos veterinários do Zoo com o médico especialistas em cirurgias em grandes animais. Na ocasião, a equipe optou por fazer um "novo procedimento" na cavidade abdominal, a fim de identificar a origem da obstrução e remover o que estava causando o problema.

O elefante Babu

Em janeiro, o elefante Babu, também mantido pelo Zoológico de Brasília, morreu aos 25 anos com uma parada cardiorrespiratória. O primeiro laudo da necrópsia apontou que a causa da morte foi uma inflamação no pâncreas.

No entanto, no dia 20 de fevereiro, o Zoo informou que investigava uma suspeita de envenenamento criminoso. A biópsia emitida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), apontou a presença de substâncias tóxicas como chumbo, arsênio, mercúrio e elementos cumarínicos – composto químico altamente danoso aos animais – como causas da pancreatite aguda que matou Babu.

Até este domingo (25), a suspeita não havia sido confirmada. As investigações são conduzidas pela Polícia Civil e pelo IBAMA, com auxílio do Ministério do Meio Ambiente. Segundo o diretor-presidente do Zoo, ainda faltam resultados de testes de capim e de solo, e de um exame toxicológico da Unesp.

 

Fonte: G1

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